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OPINIÃO: HUGO MORAIS COMENTA O BARBIEKILL, ROCK NA RUA ENTRE OUTROS ASSUNTOS

Por Hugo Morais (bomdiaboaviagem)

 

1 – Muito se falou sobre as opiniões do cidadão que resenhou o festival Rock na Rua. Ninguém sabe quem ele é, pegou pesado demais e etc. Tudo bem, pode ser alguém querendo queimar a galera. Mas é fato que o festival atrasou três horas por problemas, que podem acontecer com qualquer pessoa que produz eventos. É fato que houve uma escolha de bandas “democrática”, a base de votação fraudada. Detectaram uma falha na votação? Começa de novo. O resultado foram bandas ruins. Segundo várias pessoas que estiveram lá, algumas eram tão ruins que era impossível saber o que elas tocavam. Um gaiato do Toy Gunz ainda disse que só estavam lá porque tinham burlado a votação. Lindo. Se eu fosse produtor, sabe quando chamava eles para tocarem? Dia de São Nunca. Muita gente boa poderia ter tocado, mas não, tocaram um monte de porcarias. Viva a democracia da internet. E é bom esquecer esse lance de que aqui não tem jornalista cultural, crítico musical. Também tem muito músico ruim. Quer tocar e não ser criticado? Fica em casa. Assim como nós que escrevemos somos criticados também. Não prestou o texto? Paciência, da próxima quem sabe melhora.

2 – Por outro lado, rolou uma festa no DoSol, Indie Disco Summer Edition, no dia 23 de novembro com três bandas, onde destaco a BarbieKill. Se o pessoal quiser levar a sério o trabalho é só fazer mais músicas, definir que estilo de som querem seguir, ainda está muito embolado, ensaiar mais e resolver os problemas tecnológicos no palco. Não é o som que curto, o tal do Electro-Rock, mas é divertido. Tirando Fausto, o pilar da banda, em todos os sentidos, a galera faz muita estripulia no palco, instiga a platéia e tem músicas de duplo sentido que alegram quem está dançando. Tocam funk, eletro-rock, garage (uma cover do Hang The Superstars) e até new wave (B52). Uma mistureba divertida. Mais duas coisas: 1 – a banda já tem um público formado, a turma GLS; 2 – estão chamando eles para tocarem, diferente da maioria das bandas que tem que produzir os próprios shows. Em breve a banda estará num documentário dando suas opiniões a cerca da cena, pseudo-cena ou cenário do rock natalense.

3 – Depois de conversar com mais de 20 pessoas que participam ativamente do que se produz no rock aqui, as opiniões são divididas em quase tudo. Cena, preguiça, locais de shows, produção… Uma única coisa é unanimidade: o público daqui não valoriza as bandas. Porque? Muitos fatores: cerveja cara, shows constantes, bandas sem qualidade…

4 – Ontem, 27/11, Nelson Mota foi entrevistado pelo gordo Jô Soares e disse que mostrou os cinco primeiros capítulos do livro “Vale Tudo”, sobre a vida de Tim Maia, a Roberto Carlos, e ele aprovou. O autor disse também que não tem nada de ruim a falar do ex-Rei. Não pisou nos calos dele claro.

5 – Sabe quando o filme de Tarantino “A prova de morte” (valeu Paulo), o sobre Ian Curtis, “Closer” e o sobre Bob Dylan, vão passar aqui? Nunca. Cidade de merda. “Planeta Terror” de Robert Rodriguez tem um cartaz no Cinemark, mas como também tinha um de “Sunshine” e não passou…

6 – E por último, ontem também assisti um programa no Animal Planet com minha filha chamado Pais e Cães. O nome já diz tudo, gente que trata bichos como gente, como filhos praticamente. Gosto muito de bichos, mas eles no lugar deles e eu no meu. Um dos diálogos que se travaram no programa entre um casal, a caminho de um cemitério de bichos, foi:

Mulher: Eu sempre tive receio de ir a um cemitério de bichos por causa daquele filme “Cemitério Maldito”. Que os bichos voltavam para assombrar os donos.
Marido: Tenho certeza que o nosso, seja lá qual for o nome do finado cachorro, não voltaria para nos assombrar. Doeu até no meu ovo. Logo depois o marido perguntou se ali havia cavalos enterrados. A administradora disse que sim. Cinco. O homem olhou o tamanho das covas e perguntou a mulher: “Aí cabe um cavalo inteiro?” E a mulher: “Claro”. O marido: “Podia ser o caso de cortar o animal”. A mulher quase teve um ataque: “Você gostaria que esquartejassem nosso cachorro?” hahahahaha A melhor parte do programa.

Eles cremaram o cachorro.

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8 Comments

  1. Acho eu, que essa ‘cena’, se é que existiu um dia aqui, acabou e está enterrada no fundo do poço. Natal encontra-se sem público para essas bandas que ainda insistem em tocar por aqui. Um pena, pois muitas dessas bandas teriam um bom futuro se tivessem mais reconhecimento. Só mais uma coisa; fui no Rock na rua e me deparei com um dos piores eventos que fui em minha vida. FATO.

  2. A crítica a respeito do Barbiekill tá bem legal, mas gostaria de justificar alguns argumentos. Eu sou o vocalista da banda e realmente nosso show tem uma certa mistureba, porém isso ocorre por causa do covers. Nossas músicas já tem um estilo definido e nosso show foi curto, com apenas 8 músicas sendo 5 nossas e 3 covers, que a gente quis tocar porque é fato que aqui em Natal as pessoas tem uma certa dificuldade para assimilar o que é novo. Ficamos surpresos com a boa recepção que nossas músicas ainda desconhecidas por muitos tiveram.
    O outro ponto é o lance do público, que pelo que você escreveu pareceu meio restrito à galera GLS. De fato muita gente do meio curte, muito se deve talvez ao fato de termos tocado com o Montage no Avesso e termos sido bem recebidos pelo público. Mas acho que você foi muito enfático ao dizer que o público que já temos é GLS, e isso pode causar um certo desinteresse em algumas pessoas.
    No mais eu concordo que precisamos ensaiar mais e saber lidar com certos probleminhas.
    Tô ansioso pra ver o documentário. Valeu.
    🙂

  3. não é só o público de natal quw não valoria as bandas, em todo o canto é assim. Aqui acho qu ainda é melhor que a média. Só que nem todass as capitias (a menoria na verdade) tem o dosol rockbar que mostra essa produção todo final de semana. Cerveja a dois reais é barata até em isopor no meio da rua. Mais barato que isso só em casa vendo dvd.

    Quando a qualidade das bandas? Aí é gosto pessoal, mas o ecletismo sempre termina trazendo novidades…

  4. gostamos dos textos do hugo, mas o site não concorda com tudo o que ele diz, o que é normal. Para isso existe os comentários onde todos podem emitir suas opiniçoes sobre os posts…

  5. Someone e Rodrigo, como tem muita banda merda, muito evento merda, eu também escrevo merda. Normal. Nem todo mundo é gênio para só produzir maravilhas, até as estrelas da música produzem discos ruins e fazem shows ruins. Não sou diferente.

    Daniel, se você ler de novo vai ver que eu não disse que o público de vocês é GLS, e sim que vocês conquistaram esse público: “a banda já tem um público formado”. Isso não impede que vocês conquistem outros e nem que eles se interessem por vocês. Eu gostei. Rebeca também, ou seja, é outro público. Tem banda daqui que está há anos tocando e não tem público,vocês começaram faz pouco tempo e já tem muita gente indo aos shows para ver vocês.

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