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GOIÂNIA NOISE LANÇA CD DO FESTIVAL NA REVISTA OUTRA COISA

Opinião do site: O Goiânia Noise Festival 2007 promete ser a maior edição de festival independente já realizado no Brasil em todos os tempos. Além de uma programação arrebatadora, um ciclo de palestras dos melhores que já se viu, o festival coloca nas bancas junto com a revista Outra Coisa um cd com o que vai rolar de melhor no evento. O portal Dosol estará lá fazendo a cobertura completa do evento. Acompanhe o editorial da nova edição da revista escrito por Adilson Pereira.

“Se você nunca foi a Goiânia, não sabe o que está perdendo em termos de rock. Uma matéria não será suficiente para dar esta idéia. Mas que o texto de Marcos Bragatto pode ajudar, ah, pode. Muito. Conversando com alguns dos sujeitos que puseram a cidade no mapa roqueiro do país, ele abre para todos nós um pouco da história do lugar que muita gente chama de “a Seattle brasileira”.

Para quem acha estranha a comparação, vale a explicação: foi da gelada Seattle que saíram as bandas que mudaram, coisa de dez anos atrás, a face do rock. Na linha de frente, estava o Nirvana. Caiu a ficha? No caso da nossa própria história, não há exatamente uma banda capitaneando tudo. E isso é bom. Quer dizer que a cena é rica como um todo. Leia a matéria, leia a matéria…

A maneira nova como os artistas lá na região centro-oeste estão encarando o trabalho é determinante. Não querem tocar/ficar só na garagem. Uma nova mentalidade está no ar. E chega aos palcos. De lá e de outras praças, como Fortaleza e Uberlândia – onde cobrimos eventos recentes e comprovamos que as pessoas estão preocupadas, sim, em exercitar manifestações artísticas, mas… de forma organizada, profissional, séria e diversificada. Em vez de reclamarem da falta de dinheiro, arregaçam as mangas e trabalham. Tocam e trabalham.

Divertem-se e tornam viável a produção musical. É assim mesmo que tem que ser.
É sempre bom quando surge gente inquieta, querendo mudar. Manter a inquietação, no entanto, nem sempre é fácil. Ezequiel Neves parece ter conseguido. Basta ler o pingue-pongue com ele para entender por quê. Boas histórias não faltam a este veterano. E por falar em inquietação, nesta edição a gente traz uma pitada de ficção.

Além de ter colaborado com um texto sobre o Cravo Carbono, do Pará (outra cidade que tem dado o que falar, em matéria de música), Caco Ishak nos mandou uma dose de literatura. Com uma linguagem, digamos, cortante e referências capazes de agradar roqueiros e “doidos” de um modo geral, o escriba contribuiu para fazer desta uma edição inquieta.
Inquieta e plural: Bárbara Rosa escrevendo sobre moda, Henrique Inglez trocando idéias com Sérgio Dias para saber sobre como vão ficar – e se vai mesmo ficar – os Mutantes, Pedro De Luna dando suas dicas de quadrinhos… De volta de Rondônia, Tiago “Tacacá” Velasco contando um pouco da história da viagem que fez para cobrir um festival lá em cima; e também Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, dividindo – num artigo – um pouco do que se passa em sua cabeça.

A todos, um abraço inquieto,
Adilson Pereira

P.S.: O CD desta edição é uma coletânea de bandas inquietas, vindas de… Adivinhem!”

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