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SELO VIGILANTE DESTACA CENA POTIGUAR

A pedido do Selo Vigilante, escrevi um pequeno texto sobre a cena potiguar de rock. Acompanhem:

Texto de Anderson Foca*)

Do olho do furacão falo um pouco da cena potiguar aqui no Site Vigilante a convite do Rafa Ramos, parceiro de rock desde os tempos em que ele era baterista do Jason (RJ) e dormia no chão da minha casa (fazem quase 15 anos). De lá para cá as coisas deram um guinada para melhor na música potiguar no geral. Cenas se formaram, festivais apareceram e passamos a ter até uma pequena liderança nordestina em se tratando de música independente.

Nada disso foi por acaso e é fruto de muito trabalho e dedicação de várias pessoas em vários momentos da nossa curta história. 1998 foi um ano chave com o começo das atividades do MADA, um dos festivais de música do estado e das atividades ainda undergrounds do que vinha se tornar o Dosol (nessa época apenas duas pessoas fazendo shows trimestrais).

Hoje temos pelo menos quatro eventos sólidos e anuais com muita (ou alguma) projeção: MADA, Festival Dosol, CaosNatal e Chamada Carnavalesca do Rock. Outros tantos estão se formando como o Festival Rock Potiguar e o Mormaço. Dentro dessa pespectiva terminamos recebendo muitas bandas de fora do estado, o que nos trouxe novas sonoridades, network e experiência.

Como em todos os lugares do país existe ainda muito pouco compromisso com a música como empreendimento, o que torna as banda incipientes e com pouca durabilidade. Isso, se por um lado mostra um pouco de falta de continuidade para alguns trabalhos, por outro termina misturando músicos e se formando novas bandas (invariavelmente melhores que as originais). Com uma dezena de exceções, praticamente de dois em dois anos temos uma reformulação de formações, bandas e até de público nos espaços onde rolam shows.

No Centro Cultural Dosol, lugar onde fazemos nossas atividades, sentimos essas mudanças o tempo todo, já que comemoramos seis anos de existência numa cidade em que a média de tempo em que casas de shows ficam abertas é de menos de um ano. Dentro das possibilidades e com muito trabalho (diário e constante) está tudo indo bem por aqui. Destaco três grupos que estão na ativa e que valem a pena serem lembrados, claro que muitos outros nomes como Valéria Oliveira, Bugs, Os Bonnies, Venice Under Water, Ak-47, Expose Your Hate, Planant, entre outros poderiam entrar aqui. Confira:

CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA


Banda instrumental que toca rock com flertes no pop, reggae, ska, metal e o que mais vier na telha. O lema da turma é diversão e shows, que é onde as coisas acontecem pro grupo. Atualmente está numa tour que já teve 40 datas (só esse ano), entre eles a Virada Cultural de SP, Abril Pro rock, Circo Voador, Bananada, RecBeat, Festival Dosol, Feira da Música do Ceará e Sesc Pompéia.

CALISTOGA


Vindos do hardcore, a turma evoluiu o som e hoje faz um dos shows mais intensos do rock nacional, com guitarras altas, melodias certeiras e experimentações vocais. Também circulam bastante e atualmente estão gravando seu quarto trabalho. Se você gosta de At The Drive In, Fugazi ou Queens Of The Stone Age vá para dentro!

DUSOUTO
Maconha, loops, letras sarcásticas e som feito para fazer o povo cair na dança. Esse é o Dusouto, uma das das formações mais legais do estado. Tudo isso com a bagagem de ter na sua formação dois terços do General Junkie, a melhor banda de rock de Natal em todos os tempos. O terço que completa o trio é Gabriel Souto, gênio dos pitocos, artista no seu estado mais bruto. Saí da frente!

(*Anderson Foca é Do Sol)

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