Como foi a sua primeira idéia para fazer o Rock na Rua?
Certo dia meus pais viajaram e eu convidei uns amigos para fazer uma festa lá em casa. Fomos convidando uns e outros, quando vimos a festa estava na internet e eu ouvia uns comentários quando saia, tipo, eu perguntava: -Fulano, você vai pra onde no sábado? Aí o fulano respondia: – Vou numa festa aí, na casa de uma menina, na Av. Afonso Pena… Aí eu fazia: -Hurum… te espero lá em casa então…
Aí na festa ia ter umas bandas, só que a minha casa é muito pequenininha, apertando muito, cabe um carro dentro . E onde eu ia enfiar aquelas bandas? Vimos umas possibilidades e optamos por abrir o portao e colocar as bandas tocando de frente para a rua. Decidido onde a banda ia tocar, montamos o material e as pessoas foram chegando. No primeiro momento deveria ter umas 50 pessoas (que era o público que eu esperava, pois com 20 pessoas dentro da casa já fica intransitável), todos amigos, que tinham sido realmente convidados. Só que depois de uma hora, as coisas começaram a acontecer… De 20 em 20 minutos chegava um pelotão de gente de preto na rua, detalhe: a festa estava marcada para as 17h, quando deu umas 19h a rua estava tomada por todas aquelas pessoas de preto, tanto é que a polícia chegou para pedir que as pessoas simplesmente sairem da via.
E foi neste momento da festa que o Rock na Rua surgiu, quando o policial veio falar comigo (a responsável pela baderna detalhe 3: a responsável nem podia ser presa, pois tinha 16 anos, êta responsabilidade…!). Aí o policial veio falar comigo, muito calmo e disse assim: “minha filha, já que você é tao popular, no dia que você quiser fazer uma coisa dessas, é só voce mandar um ofício pra Policia Militar que nós viremos aqui fechar a rua pra você fazer sua festa.”
E eu acreditei. Óbvio que nao é simples assim fazer um evento na rua, mas aquela informação foi peça fundamental para que o Rock fosse para a Rua.
Como vai ser essa edição?
Esse ano o Rock na Rua está cheio de novidades. Tendo em vista a quantidade de bandas interessadas e a variedade de estilos, todas com um (quase dois) pé no Rock, resolvemos fazer o evento em dois dias. Serão 21 bandas tocando além de realizarmos a I “Feira na Rua” com expositores locais (bandas, selos, studios, artistas). Será realizado no mesmo local, mas com uma estrutura melhor. Sabemos que será um desafio, mas estamos bem confiantes.
Teremos uma mostr(inha) de curtas, com videoclips das bandas daqui durante o evento, teremos tambem artistas plasticos pintando a temática do evento ao vivo em telas grandes, além de no dia 24 de novembro, o sabado posterior ao evento, termos um plantio de mudas na ufrn juntamente com o projeto nativas do campus com a intenção de neutralizar o gás carbonico utilizado para a produçao do evento…
Como é a parceira com a Natal Voluntários?
Como estamos trabalhando diretamente com o sétimo objetivo do milênio – Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, esse ano firmamos a parceria não só com o Natal Voluntarios, bem como a ONG Nativas do Campus. Com o Natal Voluntarios, nós trabalhamos com a parte de comunicaçao (divulgaçao), e com o Nativas do Campus vamos fazer um plantio de mudas nativas no dia 24 de novembro, na UFRN, com a intenção de neutralizar o gás carbônico que foi produzido durante a produçao do festival, além de divulgar possibilidades de ações em prol do sétimo objetivo do milenio durante a divulgação do evento.
Votações na internet nunca refletem o que uma cidade tem de melhor artisticamente. Isso te preocupa já que quase metade das bandas foi escolhida por voto on line?
Sim, me preocupa. Confesso que não conheço algumas bandas que foram escolhidas pela votação on-line, mas se vai prejudicar o evento ou não, só saberei no dia. Até agora o que aconteceu foi muita divulgação (positiva e negativa, para alguns), muitas pessoas que não conheciam o rock na rua passaram a conhecer por meio da votação.
O que você tá esperando pro evento desse ano?
Espero muito verde! a decoraçao está bem legal, toda feita com material reciclavel, realizaremos uma oficina para construção de instrumentos musicais feitos com material reciclável, exposiçao de fotógrafos sobre a temática, artistas plásticos pintando ao vivo a temática, além das bandas mostrando o nosso rocquenrou. Enfim, esperamos atingir um público que se interesse não só pelo rock, mas também pela temática do evento. Acho de fundamental importância utilizar os meios de comunicação que o rock na rua tem com o seu publico para divulgar ações em prol do nosso desenvolvimento.
Onde encontrar o rock na rua na internet?
www.rocknarua.com
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