Com influências que passam por Beatles, Mutantes, Kinks, blues, progressivo e psicodelia, flertando diretamente com os sons dos anos 1960 e 1970, a Plástico Lunar mostra como é possível olhar para o passado sem soar antiquada.
Com uma sequência de seis shows que inclui participação nos festivais Bananada, em Goiânia, e Maionese, em Maceió, a Plástico Lunar vem à capital baiana divulgar o disco Coleção de Viagens Espaciais, lançado no ano passado.
Apesar de estar há quase dez anos na estrada, este é o primeiro álbum do grupo, que começou a ser gravado em 2005 e só quatro anos mais tarde foi lançado pelo veterano selo paulista Baratos Afins, especializado em rock com naftalina.
Teclados e psicodelia Desde o primeiro EP, The Plastic Rock Explosion, de 2003, a Plástico Lunar já chamava atenção pela competência em reproduzir e atualizar uma sonoridade do bom e velho rock’n’roll. Trilhando este caminho – um período que muitos consideram o auge do gênero -, a banda sergipana segue apostando e buscando crescer no restrito mercado de rock do Brasil.
Formada pelos músicos Daniel Torres (guitarra e voz), Plástico Jr. (baixo e voz), Julio Dodges (guitarra e voz), Leo Airplane (teclados e voz) e Marcos Odara (bateria e voz), a Plástico Lunar faz um som lisérgico, com forte presença de teclados vintages, riffs e solos inspirados, altas doses de psicodelia, algumas de hard rock e blues rock.
A banda sergipana fez uma escolhaque,senãoépopularno País, tornou-se quase uma tradição no rock brasileiro. Vem desde grupos como Casa das Máquinas e O Som Nosso de CadaDia, referênciasassumidas da Plástico Lunar, que produziam um interessante rock progressivo, captando o que era feito lá fora e, em seguida, dando um sotaque brasileiro.
Lisergia As influências da banda sergipana, no entanto, vão além do progressivo, seguindo muito mais a sonoridade do rock lisérgico e psicodélico, também produzido naquele período por nomescomoPink Floyd, Beatles pós-Sgt. Pepper’s e os brasileiros Os Mutantes. Caminho parecido com o que bandas como a gaúcha Júpiter Maçã e a alagoana Mopho vêm fazendo há um bom tempo.
Completam as influências absorvidas pela banda a música negra norte-americana, em especial o blues e sua mistura com o rock de grupos como Allman Brothers e o inglês Cream. Todo um caldo de ótimas referências que dá pistas claras do que é produzido pela Plástico Lunar, que consegue atualizar isso tudo para os dias de hoje,comose o tempo nem tivesse passado.
Realmente a Plástico eh fodaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!