Coberturas, Natal, Notícias

HUGO MORAIS (RN): COBERTURA – TERCEIRO DIA DO MADA

TERCEIRO DIA – SÁBADO

O sábado vinha com a promessa de ótimo público. O céu limpo com direito a eclipse da lua ajudou. Até metade do show do Cordel do Fogo Encantado…

Quem abriu o último dia de festival foi a local ROSA DE PEDRA. Das três atrações locais que abriram as três noites foi a melhor. Um som regional com alfaia, percussão, bateria, guitarra, baixo e violino. Acrescido de dançarinas na última música. A banda composta quase que inteiramente por mulheres fez um show seguro para um público ínfimo. Mas agradou. Se elas tivessem sido escaladas antes do Cordel a coisa teria sido diferente. O público gostaria e a banda sairia bastante elogiada.

O SEM HORAS ganhou problemas técnicos logo no início da apresentação. O vocalista Igor tem boa presença de palco com trejeitos à Mick Jagger. Até o requebrado é igual. A banda é segura mas o rock ingênuo não animou muito. Quando a situação técnica melhorou era hora de ir embora. Fica para a próxima.

O MACANJO veio do Rio de Janeiro para mostrar que é uma versão pobre do Los Hermanos. A levada, os metais, as letras, o vocal. Porque não trazer BNegão, Canastra, Fuzzcas e outras com mais personalidade? O show foi bom e animou parte dos presentes, mas se é pra ser cover pobre que traga uma original boa. No fim ainda rolou “Seven Nation Army”.

FALCATRUA fez um bom show com um bom vocalista, presença de palco segura de frontman e banda. Mas quando encerraram fiquei com a sensação que tinha visto uma cena de Predador, aquele do alien que caça na floresta Amazônica. A cena em questão era do soldado que no aperreio de matar o danado do monstrengo gasta todas as balas de sua metralhadora giratória atirando a esmo. Pois bem, a Falcatrua atirou com: 1) Tim Maia (“Sossego”); 2) Belchior; 3) Invocaram Dorival Caymmi; 4) Jimi Hendrix com riffs. No fim das contas ficou na minha cabeça martelando mais uma vez uma banda cover de pior qualidade. No caso do J Quest em início de carreira.

O que esperar do show de MALLU MAGALHÃES? Diante do que a imprensa vinha falando e escrevendo a menina ia deixar todos boquiabertos. O pior, ou melhor, é que ela fez um show muito bom. Com direito a música da propaganda da Claro no festival patrocinado pela Tim. A menina com banjo na mão ganhou todos com suas influências de Dylan a Cash passando por Vanguart. Não é o assombro que cansei de ler, mas o show foi muito bom deixando os marmanjos das bandas anteriores no chinelo. A banda de apoio? É de apoio. Com seu jeito de criança, o que de fato ela é, conquistou a todos incluindo o pessoal no backstage.

O CORDEL ENCANTADO fez o melhor show da noite. Um palco decorado à caráter, luzes sincronizadas e o espetáculo de sempre: público em transe cantando todas as músicas, Lirinha “baixando santo” e o pessoal da percussão destruindo tudo. O problema é que uma chuva fraca começou a cair. De fraca passou a incomodar e daí a encharcar. E antes que fossemos levados por uma correnteza, ainda agüentamos meio show, subimos para nos abrigar. O resto da noite só teve ela como personagem. JOSH ROUSE e SEU JORGE que me desculpem, mas não tenho vocação para lavoura e a maioria do público também não.

A chuva que começou no meio do show do Cordel só foi parar no domingo de manhã. E depois de Seu Jorge ainda teve Montage fazendo jam session com músicos de várias bandas. Não deu. A chuva nos venceu e fomos embora no início do show de Seu Jorge. Que foi antecedido, assim como Lobão e Rappa, de fogos e papéis prateados voando sobre o público.

Previous ArticleNext Article

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *