Na última quinta-feira (04/06) participei da gravação do podcast DoSol. Lá, em meio ao papo descontraído, o assunto produção de rock local voltou à tona, devido ao texto escrito aqui e que reverberou pelo portal DoSol. Muitas vezes que eu escrevo algo contraditório, ou outro que além de assistir a produção, também vê, é proposital. Para tentar provocar uma discussão. A lista de discussão RN Rock está entregue as moscas e às propagandas, minhas inclusive. Porque? Talvez reflita a inércia que enxergo nas bandas locais e que muitos discordam.
Há produção? Há. Muita? Sim. De qualidade? Alguma. Diversidade? Ainda vejo muita gente presa ao passado e sem tentar fazer algo diferente. Não vou nem usar a palavra inovador porque isso nos dias de hoje é quase impossível. As últimas grandes contribuições na inovação vieram dos citados, várias vezes, Raimundos e Chico Science e Nação Zumbi. Já fazem quase 15 anos. Nação Zumbi que trilha um caminho para se tornar a maior banda de rock do Brasil, se já não for. Tirando, óbvio, as “grandes” mela-cueca. É bom um som agressivo, calcado em Punk, Hardcore e variantes? É. Mas acho que as bandas daqui podem fazer mais que isso. Talvez uma resposta a isso venha com o novo disco d’Os Bonnies. Que se vier seguindo a cartilha do single disponibilizado por eles (escute lá embaixo), vai fazer uma grande diferença. Porque aqui não existem mais bandas de Hardrock? De Garage? De rock psicodélico? Do tal rock moderno, que passa obrigatoriamente por Strokes, e que de moderno só tem a releitura e acréscimo de influências passadas? Falta isso. Se há lugares, há bandas, há festivais, o que falta? Reconhecimento maior. Até de nós mesmos. Sábado no lançamento do DVD Natal Rock Sessions deu 100 pessoas, segundo o site DoSol. E lá estavam duas bandas pernambucanas boas. Uma veterana – Vamoz! – e uma nova que está bem cotada – AMP. No show dela tinha 50 pessoas. Vale lembrar que a tarde teve outro evento com Garage Fuzz…
Mas o assunto ainda é a tal produção, excesso de bandas e de shows. A questão é longa e não se encerra com um texto, opiniões são divergentes e levam a caminhos opostos. Mas o começo pode ser perguntando: o que quer a banda quando começa? Isso é primordial antes de se chegar a um palco de festival e dizer: nós só estamos aqui porque burlamos a votação. O que quer essa banda? Tocar mau e falar merda? Ponto para eles, conseguiram. Mas se a visão for mais adiante e alcançar uma gravação de disco, shows por cidades vizinhas, estados vizinhos, regiões mais distantes, o amadorismo que marca muitas bandas daqui não cabe. Ensaios, equipamentos, bom show, espaços virtuais, tudo isso é necessário hoje. E marketing. Coisa que muitos execram. É necessário. Existem centenas de bandas iguais as daqui, as que se destacam hoje não é simplesmente por um som bem feito. Há muito mais por trás. E se mostrar é essencial.
Palco dá experiência? Dá, mas acaba bandas também. Como chegar a um palco sem saber o que fazer? Um exemplo de banda que se destaca porque engloba várias coisas positivas citadas acima é a Calistoga. Arte do produto, som bem feito, show redondo, integrantes que sabem o que querem e o que fazem. Não é simplesmente subir e tocar. Não vejo isso. Mas e se a banda só quiser subir e zoar com todo mundo, encher a cara e se divertir. Isso é o princípio para se fazer bem feito, a diversão. A música como canal do que cada um é. Uma extensão dos integrantes.
Toda banda hoje com poucos meses já faz show e grava singles, EPs, até álbum. Antes o álbum era o fim, o registro de um crescimento que culminava no ato máximo de gravar um disco. O registro da banda. A gravação virou propaganda. É ruim? É bom? Cada um tem sua opinião e ela se escora no que, mais uma vez, a banda quer. Pra quê gravar um disco se a banda só quer se divertir e ficar por aqui? Se eu montasse uma banda hoje, não queria viver disso, não ia nem tentar. Não ia querer gravar disco, ia gravar as músicas e botar para as pessoas escutarem. Fazer turnê? Não. Ficaria por aqui, bebendo e tocando.
Hoje as informações não são apreciadas, elas são simplesmente engolidas. Todos os dias centenas de novas bandas surgem, centenas acabam, centenas de novos discos são gravados, até em casa. O excesso de informação muitas vezes presta um desserviço. Como aproveitar? Filtrando, sabendo procurar, prestando atenção. O que você está fazendo em prol da sua banda e do seu crescimento? Se é que você quer crescer…
1) O PODCAST CITADO VAI PRO AR AMANHÃ!
2) DEU UM BOM PÚBLICO NO DOSOL SÁBADO, UMAS 400 PESSOAS NOS DOIS TURNOS, QUE ERA O ESPERADO.
3) SOBRE O RN ROCK CONCORDO. INCLUSIVE MANDEI UM MAIL PARA A LISTA CONVIDANDO GRATUITAMENTE TODOS OS INSCRITOS PRO SHOW SHOW DE SÁBADO A NOITE (QUE ERA EXCELENTE) E NÃO TIVEMOS UM ÚNICO REPLY NEM PARA DIZER QUE NÃO QUERIAM IR… DECEPCIONANTE!
imitando foca ;D
1) VALEU POR NOS CITAR!
2) UMA PENA O POVO TER PERDIDO O SHOW DO “VAMOZ!” quem tava por la, LEVOU UMA SURRA DE GUITARRAS.
3) FOCA COLOCA O CARTAZ DO VEGETAL ATTACK 4 ai no site!
😀
1) Fazer coisa inovadora n~çao é tão facil assim, já se abriu tantas vertentes e linhas de rock, que hoje tudo que você fizer vai ser rotulado de algo que já existe. E até é coisa dagente já de cara rotular tudo.
2) Nação zumbi foi inovadora, e muita banda fez algo diferente mas que imediatamente agente rotula de “mangue beat” por exemplo.
PS: Na minha humilde opinião, o Nação Zumbi é legal, mas ta longe, muito longe de ser a MAIOR banda de rock do brasil, é boa, mas MAIOR é não viu? E acho dificil chegar a tal cume, tem muita gente boa aí… Vai da questão de gosto de cada um.
3) Tem muito evento? Repetitivos? Sim, tem. A cidade é pequena pra quantidade de bandas, e locais de show eu só cito 3 ou 4, lógico que vai ser repetitivo. sempre os mesmos locais, as bandas que estão com novidades se apresentam.
Concordo que o pessoal é relaxado, é meio parado, não corre atras… E quem corre atras tá com novidades, logo ta tocando quase todo FDS.
4) gravar CD é importante pra divulgação, mas mesmos os que querem tocar por diversão, beber e se divertir, mesmo assim querem gravar um CD, prensar, lançar bunitinho, mandar umas cópias pros amigos, algumas pessoas de longe que gostam. Não vejo o porque que elas NÃO devam gravar um CD. Se tá afim, grava, lança, prensa, manda pros amigos, isso também é diversão.
5) E outra, aqui em natal já se foi a época do “Bar 1” onde o que rolava era o som com pegada Punk, HC, agressivo. Já existem vários outros estilos de rock, e rock bem feito, agente cita N bandas…
Mas é como eu disse, a cidade é pequena… Tem de ter paciencia…
=]
1 – Acho que temos muitas bandas de qualidade hoje. Cada uma em seu estilo. Temos vários destaques. Diversidade de estilos bons. Mas “algo novo” é complicado. Principalmente com a mania de rotular tudo que nós temos. E o que seria “algo novo”? Criar outro estilo? Isso é complicado no mundo inteiro.
2 – Reconhecimento falta em todas as áreas e na música não seria diferente. Acho um absurdo a galera dizer que não vai para “tal” show por não ter nenhuma banda de fora. Isso sem conhecer as bandas locais. Muitos já escutam na rádio, gostam, mas não vai para o show. O que fazer? Sei la…
2/5 – Poderia ter dado mais de 100 pessoas só pelas bandas locais que são ótimas.
3 – Achei muito massa em um show mês passado. Descobrir que: “Ainda existe o underground”. Galera tocando por prazer, fazendo um som para as bandas amigas tocar. Muito massa.
4 – Tem muita banda interessada aqui. Tem uma galera que corre atras, viaja, faz boas turnês, mas isso é restrito. Não basta ter vontade que vai conseguir isso, tem que ter conhecimento, “QI” e tantas outras coisas que, quem faz essas turnês poderia dizer melhor.
5 – Se mostrar e saber se mostrar. O cara q burlou a votação “se mostrou” também. hehehe
6 – Gravar um EP hoje é necessidade. Para tocar em algum evento você tem que mostrar seu material. O organizador tem que conhecer a banda de alguma maneira.
7 – Quando você parar de se divertir com o que faz é melhor parar.
Acho que essa numeração ta fora de ordem, mas ta valendo.
1, 2, 3, 4.
Não tem 5! Não tem 6!
Parou no 4.
1, 2, 3, 4.
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15…16!
Eu sei que são 16!
200,300, 400 é que não é!
eu sei que são 16!
Tá errado Ana, é assim:
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15…16.
Eu sei que são 16.
Centos, duzentos, trezentos, quatrocentos é que não dá.
Desse jeito eu vou pirar.
Ah éeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!
😀
tocar fora é uma troca de interesses, vc tem q dar alguma coisa em troca pro cara q ta fazendo seu show em outra cidade, vc pode dar publico (o que raramente acontece com banda independente), ou o mais comum que a fazer um show da banda desse cara na sua cidade. Esse “QI” não existe, mick jagger pode indicar minha banda pra fazer um show em recife, mas se não houver retorno pro produtor do show nada feito! Tem também o lance de alguns protutores curtirem muito sua banda e apostarem nela trazendo pra sua cidade pra algum festival… que é mais facil pq ja vai ter publico pra ver um monte de banda e a sua vai ter uma chance de se mostrar pra esse público, ele pode trazer pra shows menores também quando curte a banda.
Agora, SHAME ON NATAL!!
Que vergonha da porra, perderam a aula de rock do vamoz e do AMP, bandas nordestinas que não fazem vergonha em lugar nenhum do mundo, falta roqueiro aqui mesmo…
ahh o caso do QI funciona se o mick jagger falar assim: leve essa banda ae que depois eu vou com a minha, como a dele leva publico, ae a troca foi feita.
hahahaha aí tá certo.
Dessa vez não fomos, umas 6 pessoas, porque todos estivemos na UFRN as 8 da manhã do domingo para uma prova pra tentar ser gente. hahahaha Não deu.