Marky Ramone no DoSol 2010
32 músicas tocadas em uma hora e vinte e nove minutos de show. Foi o tempo que Marky Ramone levou para mudar o curso da história do rock potiguar. Porque, de agora em diante, o mercado musical de Natal se dividirá entre antes e depois da passagem de Marky Ramone pela cidade.
Para muitos parece heresia, mas para os milhares de fãs que acompanharam cada segundo deste momento histórico, a verdade é uma só: o Ramones é mais influente do que Beatles, Stones, Hendrix e Led Zeppelin juntos. Ok, esse pessoal praticamente criou e disseminou o que conhecemos até hoje como rock n’ roll. E aí apareceram quatro malucos de Nova York para dar um foda-se em toda essa cartilha estética-musical e criar um novo som desconstruindo – e, de certa forma, zombando, de toda essa geração.
Reinventaram. Desconstruíram e criaram algo revolucionariamente novo para os padrões dos anos 70, acelerando ao máximo o ritmo e trocando as franjinhas Beatles e o estilo hipponga afetado do Led pelas calças rasgadas. A contracultura da contracultura. Não é fácil criar algo estética e temporalmente tão à frente de seu tempo depois de tudo o que esse sacrossanto pessoal citado acima criou.
E Marky Ramone, o Ringo Star punk, é prova cabal que o som do Ramones não envelhece nunca. Assim como o som do Zeppelin, Hendrix, Stones e…Beatles. Ou seja, estão, no mínimo, no mesmo patamar.
Todo esse blábláblá é para ilustrar a emoção de toda uma geração ao ver – e apenas ver! – Marky Ramone de perto. Mais Marks Ramones no mundo significaria menos Restarts no universo. Mas caras como Marky Ramone não nascem todo dia.
Chamar o Michales Grave de idiota é muita ousadia hein? hehee, o cara era o vocal do Misfits, muita gente queria vê-lo tanto quanto o Marky, e ainda rolou um mini-acustico do Misfits + Dig Up Her Bones, merece um devido respeito tambem, claro pra quem conhece o punk e a historia, nao apenas Ramones.