Caso fosse uma corrida de Fórmula 1, o podium do primeiro dia do Festival DoSol seria o seguinte:
1 Autoramas
2 Superguidis
3 Nevilton
Só esses três shows já seriam suficientes para garantir o excelente nível deste primeiro dia. Dos 18 shows, boa parte do que acompanhei foi extremamente relevante.
Caso dos chilenos do Humana, cuja sonoridade só não é melhor porque o vocalista tem a mesma voz de Patolino do Geddy Lee, do Rush. Em muitas vezes, não dava para entender em que língua ele cantava – ora em inglês, ora em espanhol. Mas o som é ótimo, ganchudo, e com excelente presença de palco.
Outra boa surpresa foi o local Hossegor, que trilha o caminho do instrumental pesado, sempre com criatividade e desenvoltura. Até o já batido cover de Purple Haze, de Hendrix, ficou legal em suas mãos. Melhor show de banda de abertura da história do festival. Olho nesse trio.
Mas a noite teve três nomes mesmo: o primeiro a despontar foi o Nevilton, cujo som, em determinadas ocasiões, lembra um cruzamento entre Nando Reis e Crazy Horse. Em outras horas fica ainda mais pop, mas sem jamais perder a inteligêcia e o ótimo casamento entre letras assoviáveis e melodias grudentas – no melhor dos sentidos.
O show do Superguidis foi um baita de um rolo compressor. Banda que melhor sabe usar guitarras no rock nacional de hoje, dividiram bem o set list entre seus três discos. Impressionante como os álbuns se complementam ao vivo, e como o som da banda ganha contornos ainda mais cortantes em cada música, seja na voz desesperada de Andrio, ou na presença de palco insana de Lucas Pocamacha. Malevolosidade, Se Não Fosse o Bom Humor, A Exclamação, Discos Arranhados e Spiral Arco-Íris formaram um repertório perfeito. Showzaço.
E aí o Autoramas fez o que parecia impossível: um show ainda melhor que o do Superguidis. Tocando no DoSol Bar, com público super receptivo se espremendo para vê-los, o trio foi dono de uma apresentação memorável, com “Mundo Moerno”, “Já Cansei de te ouvir Falar”, Você Sabe e até a excelente 1,2,3,4, resgatada do repertório do Little Quail. Foi lindo ver todo mundo cantando as letras neuróticas e bem sacadas de Gabriel, de ver como Bacalhau é um dos melhores bateras do país e de como Flávia Cury se adaptou perfeitamente ao vocal e às excelentes coreografias da banda.
Foca me desculpe mas, Hugo Montarroyos só escreve besteira, nunca vi!! desde o ano passado, ele “suja” a imagem do dosol, só escrevendo besteira… acho que vc não deveria nem convida-lo mais para escrever sobre o festival, existe muitos outros profissionais que conhecem melhor de rock pra poder falar.. 🙂
Fora isso, o festival dosol foi lindo, momento esperadissimo do ano!
e ainda tem mais, né? hahahaha
bjo!
Melhor uma crítica sincera, mesmo que a gente discorde do que um tapinha nas costas falso! Não chaamos jornalista para falarem bem do festival, eles vem para falar o quiserem.
Concordo, decreto final era para ficar no domingo. Calistoga foi muito ruim e Vence onde walter deve morrer.
calma pedro! 🙂
Honestamente, não sei como ainda se rendem tanto aos Autoramas. Tiveram todos os empurrões possíveis que a mídia pode dar, mas a Nirvana Riffs Sucker Machine segue se apresentando ao lado de outras bandas relativamente superiores.
Respeito sua opinião Ronan, mas a minha defende que a apresentação do Autoramas foi a melhor da noite. E não consigo entender em que ponto as outras bandas são superiores a mesma.