Começo o relato do segundo dia do Festival DoSol com uma observação um tanto óbvia: o público é bem diferente do sábado. Diferente não só na forma de vestir – preto + camisa de banda + all star dominam – mas também na forma de se comportar durante todo o evento: eles veem todos os shows, as rodas de polgas são constantes, eles se divertem mais e as apresentações, ao final, parecem mais animadas.
É uma galera um pouco mais nova do que a do primeiro dia, mas que parece aproveitar mais o espírito rocker. Chegaram cedo (Antiskieumorra, às 15h30, já tinha um bom público, diferente do Hey Apple, no sábado). E, em suma, são menos blasés e garantem aos shows um aspecto extra de diversão: que é a de observar as loucuras que muitos deles fazem – a produção, no entanto, deve ter uma puta dor de cabeça com isso, mas relevemos. O rock é o rock.
Feitas as observações, vamos ao que interessa: música. Todos os shows do segundo dia do Festival DoSol tiveram um bom nível. Músicos empolgados. Público ensandecido. Alto e bom som. Do segundo dia, talvez só o rock anos 50 do “Los Costeletas Flamejantes” ficou um tanto deslocado do tom geral do dia que viajou, barulheiramente, entre o death metal do Krisun e o punk rock do Galinha Preta.