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FESTIVAL DOSOL 2008: ENTREVISTA – RIVER RAID (PE)

Por Léo Seabra

Conteúdo: cocuruto.com

No ano de 1996 em Recife, colegas de escola influenciados por músicos como The Stooges, Violet Femmes, Radiohead e outras bandas brasileiras das décadas de 60 e 70 resolveram formar uma banda de rock e escolheram o nome The River Raid. O grupo era formado por Toni (Vocal/Guitarra), Praga (Vocal/Guitarra), Dudu (Baixo) , Giba (Guitarra/ Moog) e Leo (Bateria/Sampler).

Logo no começo a banda conquistou atenção da mídia após vencer um concurso feito pela MTV com a canção 2030. Anos mais tarde a banda finalmente lançou seu primeiro álbum homônimo. O som do River Raid começava a criar sua identidade através das três guitarras.

Em 2008 a banda ganhou ainda mais prestigio quando foi indicada para uma importante premiação o International Songwriting Competition. Eles também tiveram musicas inseridas em diversas compilações em países como Inglaterra (Stay in the Box), Austrália (Indie-Express/Starving Kids) e Estados Unidos (Sonicbids,Shatter Records).

(Cocuruto) A banda nasceu em 1996, na mesma década em que surge o movimento manguebeat. Até hoje, em outros estados brasileiros, a quem sempre associe o som pernambucano ao manguebeat. Vocês fazem uma musica com uma proposta tão diferente, isso de alguma forma atrapalha? O manguebeat de alguma forma ofusca bandas de outros estilos?

O manguebeat só soma. É um movimento rico e inovador da cultura pernambucana. Realmente, algumas de nossas referências são diferentes das que originam o movimento mangue, outras não. Gostamos muito de música nacional, os funks de Roberto Carlos e Tim Maia são clássicos, sem falar nos sambas de Jorge Ben, como Mundo Livre S/A e Nação Zumbi, também bebemos muito nessa fonte. Se sobressair na cena atual, no só em Pernambuco, depende do trabalho que se desenvolve, tem que ser profissional e tem que ter qualidade. Se for bem feito o público gosta e escuta.

(Cocuruto)Como você definiria o som do River Raid?Um som vintage, com elementos analógico-digital, riffs de guitarras e diversão. Gostamos de nos divertir.

(Cocuruto) Compor em inglês foi algo realmente pensado visando o publico de outros países ou foi apenas por questões de sonoridade?

Quando estávamos gravando o primeiro disco em 2007, resolvemos acrescentar mais quatro músicas cantadas na língua berço do rock. E com elas, iniciamos um trabalho de divulgação via internet e começamos a obter resultados interessantes. A música “Time Up” recebeu uma menção honrosa num concurso de composição o ISC (International Songwriting Competition), com uma bancada de juízes formada por Julian Casablanca (The Strokes), Robert Smith (The Cure), Frank Black (Pixies) e Jerry Lee Lewis. A mesma música também está na semifinal de outro concurso na Inglaterra o UK International. Além de lançar outras músicas em coletâneas por vários países do mundo (Inglaterra, Australia e Estados Unidos). A última nova foi que recebemos uma nomeação no Ontario Independent Music Awards, vai rolar uma festa em Toronto no dia 16 de outubro.

(Cocuruto) Algumas bandas que estarão no dosol, conquistaram boa parte do seu publico longe de sua cidade-natal ou até em outro país. Vocês têm passagens por palcos de países como Estados Unidos e Canadá. O mesmo acontece com o River Raid?

Com a facilidade de produção e divulgação existente hoje em dia, o céu é o limite. A internet é uma grande ferramenta e foi através dela que conseguimos muitas coisas legais. Isso é um reflexo do mundo globalizado, depois que você coloca sua música disponível no myspace, por exemplo, pode ser que daqui a um mês tenha um fã clube no Japão :)Este é o mundo globalizado, com suas vantagens e desvantagens. Procuramos aproveitar as possibilidades e divulgar o trabalho onde achamos interessante. Dessa forma, já conseguimos tocar em alguns festivais lá fora o Atlantis Music Festival (Atlanta, Georgia, USA), o Florida Music Festival (Orlando, Florida, USA), Canadian Music Week e North by Northeast (Toronto, Ontario, Canada).

(Cocuruto) Maioria das bandas que estarão no dosol possuem entre 2 e 5 anos de existência. Vocês estão juntos a mais de 10 anos. Já vi muitas bandas promissoras terem um fim prematuro, parece que não suportam aos primeiros obstáculos. Como vocês conseguiram resistir a todo esse tempo?

Relacionamento, se ele for saudável dura a vida toda. A banda foi formada ainda na época do colégio somos amigos de infância e nesse tempo aprendemos a respeitar os limites de cada um. É como um casamento ou uma sociedade de empresas, não é fácil, mas é recompensador.

(Cocuruto) Quais são os planos da banda daqui pra frente?

Estamos trabalhando na produção do segundo disco, que começou a ser gravado em Miami. Para buscar a nossa identidade vintage, gravamos boa parte dos intrumentos em fita analógica, o som esta com uma textura muito interessante, “aveludada” e “quente”. Pretendemos finalizar os trabalhos até o final do ano para lançar em 2009.

(Cocuruto) Agora, o espaço é de vocês pra deixar uma mensagem pra galera que marcará presença no Festival Dosol.

Tocamos em alguns festivais neste segundo semestre um deles foi o Ponto CE (Fortaleza), outro foi o Se Rasgum No Rock (Belém) e uma característica comun nos lugares que estamos passando foi a diversão. Já tocamos em Natal há algum tempo atrás e foi muito divertido. Para o Do Sol vamos levar esssa instigação do rock e fazer barulho com três guitarras que é o que a gente mais gosta de fazer. Esperamos a galera lá para mostrar que de lá para cá a cena ai só aumentou.
RRRRRRRRROOOOOOOOOOCCCCCCCKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!

RIVER RAID – TIME UP
[youtube:http://br.youtube.com/watch?v=EFzEeqGaHJw]

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1 Comment

  1. Tem uma banda River Raid de Sp que nao e’ a mesma da entrevista…Essa River Raid de Sp e’ uma banda cover – eles possuem varios videos no you tube cantando covers.

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