Foto: Macaco Bong no Festival Dosol. Grupo justifica o hype a cada show.
Por Foca
Voltamos com o nosso editorial para falar de um assunto que complementa bem o que discutimos aqui diariamente e dentro das nossas ações em prol do desenvolvimento do rock (música) dentro do RN e no Nordeste em geral. Queremos falar de divulgação e circulação.
Hoje, para você ter uma banda com o mínimo de projeção é preciso se esforçar e usar as ferramentas certas para que sua música chegue ao conhecimento das pessoas. Com o advento da internet temos opções aos montes a nossa disposição, e o melhor, totalmente gratuitas. Myspace, Trama Virtual, Pure Volume, Twitter, Flickr, Fotolog, Orkut, Youtube, entre outros. São tantas opções que dão inclusive bastante trabalho para gerenciar. Não precisamos comentar que tudo isso só tem valor de ser usado se o conteúdo for bom né? Um bom vídeo, uma boa foto, um bom áudio e músicas boas do seu grupo vão formar platéia para o que você está apresentando. Isso é certo.
Agora, o ponto crucial do trabalho não está ligado a internet. Do que adianta se divulgar, fazer um hype em volta do nome da sua banda se você não justifica isso com a humanidade do show? Minha análise é clara, tudo o que se faz na rede em prol da banda vai servir para despertar a curiosidade das pessoas em assisti-lo ao vivo. Bandas devem se dedicar a visitar o maior número de cidades possivel, voltar nelas constantemente, fazer networks que possibilitem troca de informação em cada uma dessas cidades, conhecer bandas e pessoas interessadas no som que você faz por onde passa.
Só assim uma banda vai ter algum público e por tabela tentar ganhar dinheiro com essa energia gerada. É um caminho mais simples do que vocês possam imaginar.
O momento de um show também deve ser encarado como o final de todo um processo produtivo e é nessa hora que você deve “dar a vida” em cima do palco para justificar o seu trabalho e também a imagem que as pessoas tem do seu grupo. Um bom show é obrigação e um show ruim é trabalho jogado fora!
Numa das minha idas ao Recife ouvi de um músico de uma banda nova (muito boa por sinal) que lá ninguém dava oportunidade para novos grupos. Quase que imediatamente respondi para ele que nunca na minha vida eu tinha tido qualquer oportunidade dentro do rock e que tudo o que eu fiz até hoje é fruto do meu esforço individual (e coletivo dentro das bandas) justificando todo e qualquer convite que me fizeram para tocar ou produzir. Não espere, faça!
Despertar a curiosidade das pessoas e não justificar isso com ações é o maior tiro no pé que podemos dar no nosso próprio trabalho. Não se enganem e bola para frente!
Foquita,
Postei o resto das fotos do rock carnavalesco depois de uma surra do photoshop e, coincidentemente (quer dizer, não sei se você leu), abordei o hype em cima das bandas DoSol.
http://www.nominuto.com/blog/bazar/chamada-carnavalesca-do-rock-the-sinks-camarones/5445/
Bati só o olho no seu texto e tô relendo agora e é isso mesmo. Foi apontando para as mesmas coisas!
Mai rapai, que coisa =/