Coberturas

COMO FOI? NORDESTE INDEPENDENTE FESTIVAL – NATAL/RN

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Foto: César do Venice Under Water

Por Vini D`Luca

PRIMEIRO DIA

O evento começou com aquele velho atraso esperado (30min), o som começou com o The Automatics, banda muito boa e deu pra começar a esquentar as coisas, apesar de ter muita gente fora do Dosol, na minha humilde opinião é a banda mais britânica da cena roqueira natalense. Show redondo.

Logo em seguida sobe ao palco o Venice Under Water, se eles são os filhotes do Calistoga, seus pais podem ficar orgulhosos, show muito bom, apesar de um problema técnico na bateria, mas não tirou méritos.

Bugs é o tipo de banda que eu sou suspeito pra falar. Sempre curti o trabalho deles, são uma das bandas mais antigas e que a pouco tempo voltou com tudo. espero que continuem. o show coeso com o instrumental sempre impecável.

O Malaquias em Perigo, vindo da Paraíba tem um som meio complicado de se dizer, é uma junção de vários estilos que remetem de Queens of The Stone Age até Mars Volta, o show foi legal, psicodélico demais. Cerva Grátis conterrâneos da banda anterior sobe ao palco, quando iniciou eu pensei que seria mais um filhote do Matanza, mas daí eu percebi que eles são muito mais divertidos, lembra os Pedrero o som, só que mais limpo e organizado, gostei do que vi, os caras são bons no que fazem, rock sarcástico e direto.

Pra fechar a noite tivemos o show do Calistoga. Se os caras prometeram algo que não cumpriram eu não vi, talvez a galera ainda não consiga entender o que é o som da banda e bem, não é algo que se ensine, quem não viu um show perdeu uma energia de dar inveja, tocaram dois sons novos e músicas dos seus dois últimos trabalhos, destaque para “Sanity Seeker” com participação de Rafael Brasil (ex-Camarones, ex-W.A.L.D) na guitarra enquanto Dante assumia apenas os vocais em um final de show lisérgicamente épico.

SEGUNDO DIA

O som começou com o Driveout que daí eu não vou resenhar por motivos óbvios (toco na banda). O Fewell vem logo em seguida com uma nova formação, novas canções e mudanças drásticas no seu som. Se antes eles tinham um som muito parecido com Sparta e bandas de Post-Hardcore dessa safra, nas novas canções temos uma mistura de tudo o que eles já fizeram com uns riffs de guitarra mais pesados.

Distro sobe pra tocar seu Power-Pop mesmo com um de seus frontmans doente fez um show bem redondo tocando músicas do seu último trabalho principalmente, destaque para o inusitado cover de Neil Young.

The Keith vindo direto de Pernambuco fez um som na linha “Strokes Meets Artic Monkeys”, show coeso, tudo bem timbrado e presença típica desse “Garage Rock”, tão no caminho certo. Gandharva também de Recife faz um som alternativo bem “90’s”, destaque para os vocais do show, tudo bem colocado, boas canções, foi uma surpresa, quando vi o nome da banda nunca imaginei que tocassem esse tipo de som.

Domben por ironia foi a banda mais “pernambucana” da noite, com um som que nos remete a Los Hermanos, fizeram um show legal, não sou dos maiores fãs do estilo, mas musicalmente eles estão melhorando a cada apresentação, a última que eu tinha visto foi em um dos eventos do Coletivo Noize, a evolução foi notória.

PS DOSOL: O Show do Driveout, o segundo com a nova formação, foi bacana e mostrou que a banda pode ser um dos destaques do ano na cena local. Agora é tentar manter o ritmo de shows e divulgar bastante o trabalho novo.

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17 Comments

  1. Prometer não cabe a eles, já fazem sua parte. Cabe aos outros entender a proposta, a dedicação e colocá-los no patamar de melhor banda de Natal atualmente. Esse é o sentido correto do “mais promete, só resta cumprir”. Entendimento errôneo teu Foca.

  2. Eu não estou muito animado com o futuro do Festival Nordeste Indie, ou muda o formato para 2010 ou não vejo sentido em acontecer novamente. Até porque mesmo na lista (onde o festival foi criado e pensado) a coisa está meio opaca.

  3. Sério? Pensava que éramos só nós, os chatos, que pensávamos isso. A proposta é muito mais que isso né, mas acaba que pela inoperância da maioria finde apenas em algumas bandas tocando.

  4. Edu, preço dá a falsa impressão de que as pessoas estão ali pelas bandas, quando na verdade muitas não estão. Por isso que muitas vezes em prefiro que tenha 100 interessados no show do que 300 pessoas na “balada”. E é por isso tbm que estamos fazendo esses eventos com preços mais populares ou gratuitos para atrair mais gente pro dosol e que eles se interessem em voltar porque querem e não porque é de graça ou barato.

    Hugo, já comecei uma dicussão na lista desde o ano passado mas ninguém se interessou em continua-la. Chegamos a fazer um grupo de trabalho (uma lista dentro da lista) para tentar salvar a idéia mas tamb[em nao foi ara frente. Abri uma discussão na lista ainda agora, vamos ver o que será daqui para frente. Para fazer assim para mim foi o ultimo ano.

    1. diogo as fotos que eu tirei pro portal foram no primeir dia, no segundo não consegui ficar até o segundo turno do rock, já que teve um primeiro. O pessoal do caletivo mnoize ficou de mandr mas ainda não rolou. Abraço…

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