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COMO FOI? GRITO ROCK PORTO DE GALINHAS

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Por Rafael F.

Conteúdo: Coletivo Noize

Porto de Galinhas é uma das praias mais movimentadas do verão Nordestino. Localizada a 70 km da capital pernambucana, foi lá o território do Grito Rock – etapa Pernambuco. Iniciativa do coletivo Lumo, uma galera mais que organizada, que acolheu com dedicação os artistas, produtores, jornalistas e todos os chegados envolvidos com o evento. Um salve pra essa galera!

1º dia – como foi mesmo, “velho” ?

Quem começou a maratona de apresentações, com a casa ainda em clima de aquecimento, foi o Ex-Exus(PE). Mandaram um show carregado de elementos experimentais fundindo rock e poética do candomblé abençoando o público para o resto da noite.

Aproveitando o clima sobe ao palco a banda Chambaril(PE). O grupo mandou seu instrumental visceral, carregado de swing onde quem dava o tom era a melodica/ escaleta. Música para fechar os olhos e rodar um filme na cabeça.

Quando a boca começou a ficar seca, chega a vez da banda AMP(PE). Os caras passaram por uma pá de festival Brasil a fora e aportaram em Galinhas para impressionar o público com seu rock envenenado. Fazer a cabeça e sacudir a carcaça. Ficaria para a próxima banda a difícil missão de manter o público aceso pelo resto da noite.

Uma pausa etílica, alguns passos marotos ao som da discotecagem da galera do Saltos Ornamentais e de volta ao palco chega a hora do combo paraibano dá as caras. Falo de duas ótimas bandas vindo daquelas áreas: Cabruera e Burro Morto. A simpática Cabruera chegou arrepiando, colocando a moçada pra dançar destilando seu repertório que mistura sem pieguices o rock com elementos da música popular nordestina.

Sem deixar a peteca cair os outros paraibanos (ou seria quase os mesmos?) do Burro Morto mantiveram a energia com seu som instrumental carregado de elementos percussivos pra balançar.

E para fechar a primeira noite: Mombojó(PE). A banda que passou por uma baixa ano passado parece ter se recuperado. Consumiu o tempo e fez a galera cantar junto suas canções. Tudo redondinho, tudo no seu devido lugar. O sol raiava lá fora.

2º dia – como foi mesmo, “velho” ?

Após uma leve descansada, algumas cervejinhas na praia e uma boa caminhada pelas ruas de porto de galinhas, damos início as atividade da segunda noite do evento.

Iniciando os trabalhos os guerreiros do Nuda(PE) que após dias de trabalho na organização do evento junto ao coletivo Lumo arrumaram energia para fazer a primeira apresentação da noite. Estavam muito a vontade no palco, tocaram várias músicas novas que serão lançadas em breve.

Dando continuidade chega a vez do Gigante Animal(SP). Os caras aproveitaram a estação para rodar o Nordeste, lançar seus discos, conhecer uma galera e deixar um público fiel. Finalizaram a viagem em Porto de galinhas deixando um gostinho de que voltarão em breve. Ficamos na torcida.

Alguns minutos depois me dou conta que o palco está tomado de músicos. Mas quem ia tocar era o Trio pouca chinfra e a cozinha(PE). A cozinha era grande viu?! Samba resistência como eles mesmos se intitulam. Fez a galera sambar com força.

Depois da roda de samba chega a vez do rap Renegado(MG). Acompanhado somente pelo seu versátil DJ, mandou um rap positivo bem pra frente misturando ritmos brasileiros, jamaicanos e latino-americanos. Como ele mesmo profetiza “do oiapoque a Nova York, todo mundo vai ouvir falar”. Quem curte rap brasileiro fique de olho nesse nome.

Na energia das batidas chega ao palco os potiguares do Dusouto(RN). Sem deixar a ponta morgar, defumaram o salão com seu ritmo rockdubesfumaçado. Muito bom reencontrar os camaradas fora da terra dos comedores de camarão e sentir que a banda segurou as pontas e manteve a chama da galera acesa durante toda a apresentação.

Fechando a noite – ou seria começando o novo dia? – no palco do elegante espaço de show Muru Muru: Wado(AL). Quem ficou até o final não se arrependeu. Apresentação certinha, energética, belas canções do seu mais recente trabalho “terceiro mundo festivo”.

Fim da festa. Saldo positivo. Boas surpresas. Ótimas bandas. Parabenizamos todo o Coletivo LUMO pela belíssima organização, dedicação e o carinho em receber quem chegou para contribuir. Nos vemos em breve!

* Rafael F. é editor do fanzine lado[R] e agregado do coletivo Noize.

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