Coberturas

COMO FOI? ABRIL PRO ROCK – PRIMEIRO DIA!

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Por Marcos Bragatto (Rock em Geral)

Não fossem os quilinhos a mais dos integrantes do DRI, e parecia que estávamos todos nos anos 80, na Bay Area californiana (ok, a banda é do Texas), ou mesmo nos 90, quando o thrash metal chegou com certo atraso ao Brasil. Peso extra que não atrapalha em nada a performance do quarteto, que conta com dois integrantes da formação original: o vocalista Kurt Brecht e o guitarrista Spike Cassidy. Peso, também, é o que não falta nos riffs alucinantes que eles aprenderam com gente como o guitarrista do Slayer, Kerry King, para fazer daquele hardcore ordinário o tipo de som que seria batizado de crossover – e o termo, a partir dali, seria usado para descrever qualquer coisa entre que se fizesse entre um subgênero qualquer e outro.

Por essas e outras o show do DRI, ontem, no Abril Pro Rock, soou como aula de história do rock, do hardcore, do metal. O riff marcado que introduz longamente “Acid Rain”, por exemplo, define tudo em alguns segundos, e o púbico responde à altura. Em “Argument The War”, a roda se expande a ponto e atingir a lateral do outro palco – são dois, lado a lado. “Madman”, que homenageia o pai de Brecht, responsável pelo batismo do grupo ao cunhar a frase “dirty, rotten and imbecils” (sujos, podres e imbecis, em português), é outra que se destaca no set list de cerca de uma hora, o suficiente para a inclusão de 17 porradas que permanecem vivinhas da Silva. Havia outras seis músicas para o caso de o grupo precisar, mas as duas guardadas para o final deram conta do recado: o clássico “Violent Pacification”, e “Five Year Plan”, que tem o verso/mantra “I lose, you win” repetido pelo resto da noite.

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