– Cinco dias em Natal. Volto a São Paulo na quarta-feira. Calor infernal. As primeiras impressões é que a cidade está piorando, na estrutura, no trânsito, crescendo demais em pouco, pouquíssimo tempo. Num trecho equivalente à distância entre o Conjunto Nacional e o Trianon, na Avenida Paulista (no caso, em Natal, Da Arituba Turismo ao Midway Mall) é possível gastar 20 minutos preso no trânsito. Faz cinco anos que esse percurso podia ser feito em pouco mais de quatro minutos. É o caos se apoderando de tudo, e sob os ouvidos de mercador das autoridades públicas. Oh, shit!
– Eu devo ser alguém de muita sorte. Em pouco mais de dois meses em Sampaulo assisti a 18 filmes, em sete salas de cinema diferentes. Nenhum incidente grave, nenhum ogro se jogando em sacos de pipoca produzindo barulhos intoleráveis, ninguém atendendo celular nem fazendo comentários desnecessários. Dois dias em Natal, resolvo pegar uma sessão de “Antes de Partir”, no Cinemark. Dá-se o contrário de paz. Celular, conversa, gritinho, pipoca, sacos, tudo, absolutamente tudo que impele você a deixar a sala mesmo tendo pago um ingresso caro e depois de reclamar pelo menos três vezes das pessoas que praticavam tal crime. Putos do caralho. Mas enfim, eu devo ter muita sorte com o público paulistano mesmo.
– No mais, é isso. Volto para a Paulicéia amanhã à noite. Numa carroça voadora da Gol Linhas Aéreas, onde para acompanhar a água que eles servem você tem duas opções: com gelo ou sem gelo.