O aniversário da Folha de Pernambuco é um bom mote para pensar um pouco do que mudou na música na última década. Período que, não por acaso, acabou sendo crucial para o atual momento do mercado fonográfico. Foi em 1998 que o norte-americano Shawn Fenning, com apenas 18 anos, começou a arquitetar o Napster. Programa de troca de arquivos que seria lançado um ano mais tarde e transformaria para sempre o modo como consumimos música (e, por que não, cultura em geral).
Era o começo de um longo período de transição num Recife agora sem Chico Science. A cidade passava a apostar nos novos órfãos, como o Sheik Tosado, na continuidade da cena. Essa transformação digital da música ainda não afetava o Brasil, que continuava lançando artistas nesse formato já cansado na época de superexposição. Figuras como Fernanda Abreu começaram a sofrer conseqüência disso nesse ano. Nos palcos, o público perdia um show que poderia ser histórico, com a americana Suicidal Tendencies no Abril Pro Rock.
Renovação
Parece que após um longo ciclo, o público de shows de rock finalmente começa a viver sua renovação. O último fim de semana registrou algo inédito nos últimos anos, com mais de mil pagantes para o show da capixaba Dead Fish. De quebra, ainda apresentou algumas boas novidades -bem verdes, mas ainda assim boas novidades – como a Dillema.
Paraíba
Mais um lançamento promovido pela loja Passa Disco, só que, desta vez, em livro. Trata-se de “Aquarelar”, primeiro de poesia com a paraibana, radicada em São Paulo, Socorro Lira. Suas composições foram gravadas por Irah Caldeira, Cátia de França, entre outros. A loja fica no Shopping Sítio da Trindade.