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CLIPPING – RESENHA DO SHOW DO WANDER WILDNER NO BLOG IMCOMPREENSÍVEL PARA AS MASSAS

Wonder Wildner

Tá. O público era composto por uns gatos pingados que, alheios missa pagã que aconteceria no sábado – Los Hermanos, no Showbar, para mim, é o melhor exemplo de celebração inutilidade neuronal -, estiveram dispostos a conferir o repertório, diga-se, inusitado de Wander Wildner. A noite, ao menos no meu caso, começaria com algumas cervejas, conversa fiada e, completando a tríade, ansiedade: tudo na mais completa e natural normalidade.

No DoSol, lá pelas 23h, começou a trilha da noite de sexta-feira. Primeiro, com o Montgomery. Gosto dos caras, mas tenho que observar que as apresentações da banda são, na maioria das vezes, milimetricamente regulares. Falta, na minha opinião, um punch mais significativo. É comum – olha que fui a muitas apresentações – uma certa apatia por parte do público; uma catarse em ritmo lento. Um pouco de benzedrina faria uma diferença – como os Beatles em Os Cinco Rapazes de Liverpool. O público respondeu bem apresentação.Em seguida, Wander Wildner.

Primeiro ele subiu ao palco com uma guitarra em punho e garrafinhas de água mineral. Para um cara que diz “não conseguir ser alegre o tempo inteiro” e que vai se “entorpecer bebendo vinho” foi broxante. Mas, vá lá…A primeira parte do show foi, ao meu ver, a apresentação de um menestrel. Microfonias e vocal rasgado cuspindo letras despudoradamente viscerais. Wander Wildner é isso: visceras. Mesmo quando declama as gostosuras de sua empregada ou os atributos de “Daryl Hannah e sua bundona”, Wildner soa real; alguém que explicita suas emoções.Lá pelas tantas – não lembro a hora, pois estava muito grogue – subiram ao palco integrantes do Uskaravelho para acompanhar o músico na porção mais “elétrica” do show.

Daí, as canções mais alegrinhas do cara fizeram a festa das pouco mais de 100 pessoas que lá estavam no DoSol. Deu até pra ensaiar um pogo, mas, terminada a performance, ainda destroçado pelo instante adolescente que encerrara a apresentação do louco gaúcho, fui em busca de uma cerveja.Uma outra banda foi formada para tocar alguns clássicos do rock. Preferi não ver: estava entorpecido demais para ter uma visão lógica, cartesiana, daquilo. Fui comprar uma cerveja e pronto. Já tinha ganhado a noite e, pelo que vi depois, sorrindo a valer no lado de fora do DoSol, Wander Wildner também.

FONTE: http://www.dz3design.com/militia/

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