Entrevista >> Anderson Foca
Um dia para comemorar. Assim será o show que o Dosol promove amanhã, às 17h no Centro Cultural Dosol. O evento vai contar com algumas das bandas mais respeitadas da cena independente nacional: Amp (PE),
![]() DoSol/Divulgação |
Black Drawing Chalks (GO), Calistoga e Rejects (RN) e marca o começo das vendas de ingresso para o Festival Dosol 2009. Também vai servir como lançamento do DVD “Festival Dosol 2008 – O Filme”. Shows, festivais, filme, clipe na MTV… Quem acompanha a trajetória do Dosol nos últimos 10 anos encontra, realmente, motivos para comemoração.
A cena musical potiguar tem ganho palcos nacionais: Khrystal, Valéria Oliveira, Tricor, Rosa de Pedra e o próprio Rejects. Um momento único, talvez. A música independente segue o mesmo ritmo?
O que tem acontecido com as músicas nos últimos 4 ou 5 anos não é previlégio só de Natal. O poder midiático e de grandes corporações já não tem tanta força quanto tinha por essa coisa da internet, da pirataria, do acúmulo de informação gratuita. o tipo.
Falta entrosamento entre músicos potiguares?
Talvez o que role seja falta de interesse mútuo. No rock, as bandas estão sempre circulando nos mesmos lugares, em volta dos mesmos ideais e com carreiras parecidas. Termina que o contato de um serve para todos, a ação vencedora de um serve para todos e isso traz um pouco mais de união, de interesse em comum.
A música independente potiguar já possui identidade própria e um alicerce consolidado para alçar voos mais altos?
Nossa identidade é ser cosmopolita assim como a cidade. É ter Khrystal cantando coco e o Rejects mandando bala em inglês. É ter Valéira Oliveira num festival indie como o south by southwest.
Faça um balanço geral do selo DoSol Records
O selo surgiu em 2001 para lançar minha própria banda na época, o Officina. O grupo era muito popular e aprendemos muitas coisas nesse período. Resolvemos aplicar esse aprendizado para lançar outros trabalhos que gostávamos. Realmente perdi a conta de quantos lançamentos fizemos, mas foram mais que 50.
O Centro Cultural DoSol foi comprado a quem? Como ele se encontrava? Qual o perfil das apresentações e público?
O Centro Cultural Dosol apareceu num desentendimento que tive com o grande e saudoso Paulo Ubarana. Ele fazia quase 90% dos meus shows no Blackout e ele cancelou uma data minha sem avisar. Era um show da banda capixaba Dead Fish. Logo depois encontramos o espaço e arrendamos ele até hoje. O primeiro show foi em julho de 2004. O lugar estava totalmente abandonado. Tivemos que reformá-lo praticamente do zero.
Foi essa estrutura proporcionada pelo selo e pelo espaço DoSol a responsável pela viabilidade do Festival DoSol?
Foi sim. O Festival Dosol é um filho do Centro Cultural Dosol. Sem o espaço jamais existiria festival. Tanto que fazemos questão de que o Centro Cultural Dosol seja um dos palcos do evento todos os anos. E é no dia-a-dia do bar que também vemos bandas em ação, novidades locais que nos ajudam a fazer a curadoria do festival.
Quais as maiores deficiências que você aponta nas duas leis, municipal e estadual?
Falta um pouco de vontade política para que as leis se tornem mais conhecidas para quem vai investir (os patrocinadores). Essa é minha principal crítica.
Serviço
Show de lançamento do DVD Festival Dosol 2008
Quando: Amanhã, 17h
Onde: Centro Cultural Dosol, Ribeira
Atrações: AMP (PE), Black Drawing Chalks (GO), Rejects (RN), Calistoga (RN)
Preço da casadinha pros dois dias do
Festival Dosol 2009: R$30,00 (dá direito à entrada
do show de amanhã)
Preço do DVD Festival Dosol 2008: R$ 5,00
Preço do show de lançamento do DVD: R$ 5,00 (gratuito para quem comprar
casadinha do festival)