Sérgio Vilar
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A programação multicultural traz, segundo os organizadores, a missão de reunir na mesma plataforma de gestão, o
Edital foi apresentado ontem por Henrique Fontes e Anderson Foca, coordenadores da iniciativa. Foto: Carlos Santos/D.A Press |
s espaços culturais da Ribeira. A intenção é consolidar o bairro com polo de atração e território criativo, ampliando o olhar da população à importância do bairro como patrimônio cultural brasileiro reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Para isso também serão ministrados seminários para discutir educação patrimonial, financiamento, gestão e economia criativa. “O sucesso do projeto no ano passado nos causou surpresa. Até diminuímos a publicidade para conter a demanda de público. Tivemos medo de a estrutura não comportar e surgir algum problema. Este ano já sabemos o que esperar e estamos preparados”. Foca lamentou a fragilidade do processo de captação e fluxo dos recursos conseguidos via lei de incentivo cultural. “Com a renúncia anunciada no fim do primeiro semestre, os projetos ficam todos reservados ao segundo semestre”.
O total de ocupações será em torno de 150, já que 20% delas serão reservadas a convites diretos da produção do evento. Todas as manifestações artísticas serão contempladas. “Não consta no edital, mas internamente temos as vagas para cada segmento artístico já reservadas”, frisou Foca. A definição de lugar e data será definida em diálogo com os artistas e proprietários das casas de show. Será levada em conta a identidade de cada estabelecimento, além da estrutura para comportar cada atração.
Valores e recursos
O projeto apresentado à Secretaria Executiva da Lei Câmara Cascudo sugeria o valor de R$ 345 mil. A Comissão achou alto o valor e reduziu para R$ 270 mil (80% descontados do ICMS e 20%de recursos próprios das empresas patrocinadoras). Com este valor, a produção do evento pretende pagar cachê de R$ 500 aos artistas e uma ajuda de custo às casas de show no valor entre R$ 150 e R$ 500. “É bom ressaltar: a ocupação dos espaços não representa um quarto dos custos do Circuito”, disse Foca.
A Virada Cultural é um sonho acalentado desde o ano passado pelos organizadores do Circuito Ribeira. Este ano está mais viável. Com um projeto orçado em torno de R$ 150 mil apresentado hoje na Fundação José Augusto, os produtores esperam aprovação na Lei para iniciar a execução do evento. A ideia é aproveitar os espaços das casas de show da Ribeira para substituir a montagem cara dos palcos.
Números e estimativas
– 8 edições do Circuito (agosto de 2012 até maio de 2013, com exceção de janeiro)
– 1 mil artistas participantes
– 200 atividades
– 13 espaços
– 500 revistas com o conteúdo dos seminários lançadas
– 80 mil pessoas
Locais do circuito
Casa da Ribeira; Dosol; Espaço à Deriva; Espaço Cultural Gira Dança; Armazém Hall; Central Ribeira Botequim; Atelier Flávio Freitas; Nalva Melo Café Salão; Consulado Bar; Buraco da Catita; Let’s Rock; Cultura Clube; Galpão 29, além de atrações e exposições na rua