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CINCO PERGUNTAS: FERNANDA (LUCY AND THE POPSONICS)

O Lucy and The Popsonics já veio duas vezes em terras potiguares, quais as impressões sobre o que viram e ouviram?

O Nordeste é meio que um universo diferente para gente. Por mais que toda minha família seja do Rio Grande do Norte, confesso que existem muitas nuances que até hoje não compreendi muito bem. O que posso falar é somente sobre o que senti e minhas impressões pessoais. Como em qualquer região, existem aqueles que são mais abertos e procuram coisas diferentes e aqueles mais tradicionais. Isso é engraçado porque em Natal eu senti isso com muito mais evidência que em outros lugares. Acredito que seja porque aqui em Brasília, por exemplo, as tribos andem um pouco mais separadas porque cada um acaba criando seu próprio espaço e suas casas e festivais e é meio que incomum a gente ver no mesmo espaço gostos tão diferentes. Em Natal, os rockets meio que habitam os mesmos espaços ainda, né? Eu digo, sem muita divisão de tribos. Outra coisa que me chamou muito a atenção é que por aí o regional é muito valorizado.

E o Festival Planeta Terra e a passagem por Portugual, quais as expectativas da banda para essas duas empreitadas?

A expectativa é sempre fazer bons shows. O Planeta Terra nos contratou para um show maior. Lá vamos apresentar todas as músicas do disco – que não são tantas assim, né? – e mais coisas que produzimos atualmente e que em poucos lugares apresentamos – apenas Brasília e Goiânia. Os portugueses também nos pediram shows maiores. Isso nunca aconteceu antes e espero que saia tudo bem. O engraçado é que antes poderíamos marcar duas horas de estúdio e ensaiávamos 4 vezes o show e agora só conseguimos ensaiar duas vezes. Hehehehehe.

No caso do Planeta Terra, sabemos que o público será muito grande e terá muita gente que nunca ouviu falar da gente antes. Estamos preparados para isso também. Temos exata noção do nosso tamanho. A grande alegria nisso tudo é que tocaremos com bandas que fizeram parte da nossa história e bandas que hoje consideramos uma das melhores do mundo. Vai ser um prazer tocar no mesmo espaço que o Devo, mesmo que em palcos diferentes. Aliás, se nos chamássemos para abrir para qualquer uma daquelas bandas separadamente já seria uma coisa fabulosa, agora abrir para todas aquelas bandas ao mesmo tempo é muito mais que sensacional. Acho que esse foi o maior presente que já recebi na vida.

Já Portugal nós nem conseguimos imaginar como vai ser. Sabemos que algumas casas são bem style e só. O passaporte está na mão. Vamos ver no que vai dar, né?

Vocês estão divulgando seu primeiro cd que foi lançado via monstro discos. Pretendem continuar lançando os álbuns fisicamente ou o futuro está nos downloads?

Sempre fomos uma banda de internet e nossas músicas sempre estiveram em sites para download. A coisa só mudou um pouco quando resolvemos lançar o disco físico porque entram investimentos, tanto por parte da gravadora quando da banda. A situação no Brasil nos leva a isso. Recebemos muitas mensagens de pessoas revoltadas porque nosso disco não foi disponibilizado na íntegra na net. As pessoas esquecem que no Brasil as coisas são bem diferentes. Aqui as bandas de internet são menos respeitadas e elas sempre arcam com custos bem mais altos que em outros países.

Pouco se vê jornalistas falando de bandas que não tem disco físico, por exemplo. Apenas os mais moderninhos fazem isso, que são pouquíssimos. A exemplo disso é que desde sempre nossas músicas estão na internet e só chamamos a atenção da mídia local quando saímos em uma coletânea, em disco físico, daqui. Eles não buscam as MP3. Eles querem o disco físico. Isso é bem diferente em outros países. No Planeta Terra mesmo terão atrações estrangeiras que nunca lançaram um disco cheio na vida. No entanto, todas as bandas brasileiras escaladas têm um disco. Somente na Rolling Stone desse mês que veio pela primeira vez com uma sessão chamada “Donwnloads” para comentar sobre músicas que podem ser baixadas na internet. No Brasil ainda não temos Itunes.

Somente na Trama Virtual as bandas podem ganhar alguma coisa ao disponibilizar suas faixas lá. Isso que está começando agora deveria estar acontecendo há mais tempo no Brasil. Isso é bem complicado. O futuro certamente está nos downloads. Não sei como serão os nossos próximos formatos. Meio que entregamos isso para a Monstro. A vida dos monstros é estudar o mercado e ver as novas possibilidades. Acredito que nisso eles saibam mais que a gente e confiamos neles.

E quando tem material novo?

Temos um disco “A Fábula (ou farsa?) de dois eletropandas” que pode ser achado nas melhores lojas de discos do país e na Monstro Discos, que foi lançado agora em junho. Acabamos de lançar “Popdollkiller” que está na trama virtual e acho que soltaremos sempre algumas faixas por aí. Não sabemos quando iremos lançar o próximo disco ainda. Acho que está meio cedo para se pensar nisso. Só posso dizer que estamos sempre trabalhando em novas produções quando temos algum tempo.

Onde encontrar os popsonics na internet?
No nosso myspace que virou página oficial: www.myspace.com/lucyandthepopsonics. Lá tem tudo! E na Trama Virtual: www.tramavirtual.com.br/lucy_and_the_popsonics

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