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BRUNO NOGUEIRA: SOPRO DE NOVIDADE EM RECIFE

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Por Bruno Nogueira – Popup

A entresafra no Recife estava entrando naquele estado crítico onde começavam a surgir shows da “volte de” alguma banda que todos já tinham esquecido e a formação de super grupos (banda + banda) no desespero de que algo novo aparecesse nos palcos da cidade. Agora o fôlego para novos sons parece ter sido recupado e dado forma a novas bandas que, aos poucos, começam a chamar atenção em curtas apresentações e movimentam o burburinho – sem trocadilho – na noite.

Radistae, essa da foto, encabeça esse time de novidades. É formada por Yuri Queiroga – que recentemente chegou até o Grammy Latino, quando produziu o disco de Elba Ramalho – Chico Tchê, Gabriel Melo e Pernalonga. Junto nesse quarteto tem o dna de DJ Dolores e Aparelhagem, Academia da Berlinda, Bonsucesso Sambaclube e Faces do Suburbio, só para citar algumas. O nome é referência a um antigo pico de surf em Olinda, o que completa a equação para decifrar o surf music feito por eles. Apesar de carregarem uma forte referência a Dick Dale e The Pops, o repertório deles vai de Kraftwerk a Luiz Gonzaga em versões próprias. Aliás, porque é que até agora não tinha uma banda de surf music assim no Recife?
Para ouvir: www.myspace.com/radistae

Ex-Exus: Talvez seja difícil para quem é da cidade observar os Ex Exus como uma banda nova. O processo de transição da antiga banda “Comuna Experimental” para “Ex-Comuna” e, por fim, “Ex-Exus”, foi tão rápido que o desatento que os vê no palco demore a perceber diferenças entre elas. Eu já fui um desses desatentos e, por isso, demorei a conhecer de fato o som e o show da banda. Ao contrario das bandas que deram origem, que eram experimentalistas ao cubo, o Ex Exus arredondou as bordas da música e faz um rock provocador e divertido. É criativo sem cair no clichê do inteligente e harmonioso para se ouvir até sem pensar.
Para ouvir: www.myspace.com/exexus
Para baixar: Terroristas Freelancers (EP)

Albuquerques: Já se foi o tempo que podiamos dizer que o Recife não era uma cidade roqueira. A Albuquerques, formada por Vinicius Del Toro, Leo Bresani, Walman, Igor Capozzoli e Chaps, segue ao pé da letra a cartilha do stoner rock. As quatro músicas disponíveis no MySpace deles trazem de efeito colateral uma grande necessidade por mais. Eles chamam ainda mais atenção no repertório por ele estar todo em português, coisa difícil de fazer quando se pensa em Queens of the Stone Age e Danko Jones. Parece bobo, mas é uma diferença que pode fazer eles chegarem bem mais longe que as vizinhas Amp e Vamoz. É ouvir e torcer.
Para ouvir: http://www.myspace.com/albuquerquerockband

Rails: Essa é outra que parece até injusto de chamar de banda nova, com o histórico dos integrantes. Lulu Oliveira, Kennedy Costa e Murilo Nobrega estiveram em uma dezena de grupos no Recife, de todos os gêneros possíveis, desde o final da década de 80 até agora. Rock mais tranquilo, com uma pegada pop viciante e todo cantado em inglês, que traz essa carga da idade nas referências mais madura.
Para ouvir: http://www.myspace.com/railsrecord

Wassab: Para encerrar no mesmo pique do Radistae, essa é outra banda instrumental que vem de Olinda. Gilú, Hugo Lins e Juliano Holanda são os nomes que você costuma ler nos encartes da Orquestra Contemporânea de Olinda, Mundo Livre S/A e Naná Vasconcelos. Eles já estão até com um disco gravado, que deve ser lançado esse ano.
Para ouvir: http://www.myspace.com/wassabpe

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