
A banda na foto acima é o Miike Snow. É tipo uma dessas “banda da vez”, que a gente vai cansar de ouvir até o final do ano. O Miike Snow está de passaporte marcado para o Brasil, onde se apresenta em São Paulo e Porto Alegre. O Rio de Janeiro, inicialmente, estava no trajeto. Mas os produtores que levariam a banda até a cidade desistiram da empreitada alegando uma frase que é cada vez mais ouvida pelos cariocas fãs de música: “não tem público”. Afinal, em terra onde até sapo e barata entram em lista VIP, todo mundo desacostuma a pagar ingresso para ver um show.
Daí que Bruno Natal (do URBe) e Pedro Seiler (Indie Rock Festival) estão propondo uma ação de crowdfounding na cidade. Para quem nunca ouviu falar disso, é quando o público decide financiar seu artista favorito. Eles abriram a tabela de custos do show, que ficaria em torno dos R$ 20 mil, e estão oferecendo 100 cotas de patrocínio por R$ 200. Cotas, lembrando, pagas pelo próprio público. Se alguma empresa quiser entrar na história, pode comprar um mínimo de 10 cotas. Se bater o valor, a banda faz um show, o ingresso é dividido entre todo mundo que investiu e todos voltam felizes para casa. Caso não aconteça, o dinheiro volta direto para o bolso de quem investiu.
A ação já tem como parceiro o Circo Voador, que decidiu assumir os custos da casa (aluguel de equipamentos, funcionários, limpeza, segurança) e dividir uma parte dos ingressos. A conta fica assim: com 800 ingressos vendidos (por R$ 50), todo mundo tem o investimento de volta. Ou seja: se cada dono de cota – que já terá seu ingresso garantido – convencer oito amigos a irem ao show, todo mundo sai ganhando. A cota pode ser comprada via Paypal no link a seguir: http://bit.ly/paypalmiikesnow
Se der certo, eles prometem mais. No contexto maior essa é uma verdadeira revolução na cadeia produtiva da música do Rio de Janeiro que pode inspirar todo o Brasil a cortar mais um intermediário. Depois das gravadoras, agora o produtor. No contexto menor, uma boa maneira de você não ficar apenas reclamando que a banda que você curte nunca toca na cidade e ninguém nunca faz nada por isso. Vai ficar de fora?
Aliás, isso me lembra de postar uma matéria que fiz sobre crowdfounding…
Não é crowd fonding o termo, é crowd funding! Não é found de achar, mas fund de fundos!
Não é crowd founding o termo, é CROWD FUNDING.