Por Foca
Uma aventura no Oeste. Pelo título, parece até que vou falar sobre aqueles filmes americanos de faroeste, mas nossa aventura é outra. Hoje, é com muita alegria e orgulho que começamos nosso ciclo de atividades do Centro Cultural Dosol em Mossoró. Os desavisados podem até achar que Mossoró para nós é novidade, mas quem acompanha de perto nosso trabalho sabe que o buraco é mais embaixo.
Nem lembro da primeira vez que toquei em Mossoró. Talvez no lançamento do primeiro cd do Officina no já fechado Viola Lilás por volta de 2000, voltando na cidade com frequência bem grande nos anos seguintes. Mandamos para lá inúmeros shows nesse tempo. Gravamos bandas mossoroenses e nos relacionamos diretamente com parte importante da música alternativa da cidade. O namoro com a capital do oeste cresceu quando o Festival Dosol apareceu, hordas de roqueiros sedentos por novidades descem todo ano para Natal para conferir sua banda preferida. Todos os anos, alguém da cidade também se apresenta em cada edição do festival. Em 2009 resolvemos dar uma contra partida e levamos um drops do festival para capital do oeste. Em 2011 radicalizamos e levamos uma edição inteira do Festival Dosol para Mossoró. O casamento era inevitável é a data é hoje!
O orgulho de ter conseguido levantar um segundo Centro Cultural é imenso, não só pelo aumento significativo de atividades que vamos atingir, mas pela realização em si. Não fizemos esse investimento com nenhum pingo de dinheiro que não fosse direto e gerado pelo nosso próprio esforço individual. Sim, precisamos de apoio, patrocínio, financiamentos, porque não? Mas o símbolo que mandamos para cidade e pro estado é claro: independente de qualquer coisa estamos fazendo nossa parte e cumprindo nosso papel. Não é esse o principal lema de uma estrutura que se diz livre e independente?
Sem colaboração não teríamos chances nem remotas de pensar em algo do tipo. Caras como Rafel (Quintura), Dudu Filgueira (Venice Under Water), Cesar Valença (Kung Fu Johnny), Sabrina Bezerra (designer), só para citar, disponibilizaram seus talentos individuais na produção, design, arquitetura e outras atribuições em prol da viabilidade do CCDosol Mossoró. Sem eles dificilmente conseguiríamos fazer algo do tipo.
Fica pro final meu mais grandioso agradecimento a Kalyl e Amilton, dupla roqueira do Monster Coyote e suas famílias que se uniram de corpo e alma a crew Dosol para fazer Mossoró merecidamente entrar no mapa do rock independente brasileiro como mais um ponto de articulação e circulação para música e cultura. Os dois confiaram, acreditaram que era possível e tornaram tudo isso 100% real.
Para a cena cultural mossoroense um recado rápido e direto: a casa é nossa parceiros! Estamos juntos nessa longa caminhada e o fim pouco importa, o percurso é bem mais importante. Hoje estamos dando um grande passo, um dos maiores da nossa história e a felicidade e orgulho de fazer o Centro Cultural Dosol Mossoró nascer não cabe dentro de um texto. Vamos aproveitar o momento e sonhar acordado. Bons shows, nos vemos nos rocks!
DOSOLCREW!