Por Foca
Depois de três dias off para se recuperar da maratona de shows (tocando e assistindo) voltamos para a estrada desta vez para cumprir datas um Uberlândia e Londrina. A opção era clara para chegar nos shows: ir e voltar para São Paulo e cumprir as datas em carro próprio. Então sexta logo cedo saimos da Vila Madalena rumo a Congonhas para esperar o resto da banda, alugar um carro e zarpar para estrada. Ao todo enfrentaríamos 1.800km em quatro dias.
Com esse primeiro corre feito, seguimos para Londrina numa viagem descontraída e tranquila de cerca de 500km. A estrada bonita e quase toda duplicada fez com que vencêssemos esse primeiro trecho sem sofrimento. Chegamos em Londrina, achamos rapidamente o hotel e entramos em contato com a produção do DemoSul. Deixamos tudo pronto pro show quando de repente… uma tempestade com raios e trovões lavou a cidade. Foram mais de duas horas de chuva forte e assustadora. Chegamos até a temer pelo pior: um cancelamento do nosso show.
Por volta das 21h saimos ainda embaixo de chuva para comer e ir passar o som, resolvemos já ficar no show e descansar pelo lugar. O Alona é uma espécie de centro cultural público, gerido pelo pessoal do DemoSul, ótimo espaço e com uma boa sonorização. Até às 23h o lugar estava recebendo pouca gente mas de repente foi enchendo e deve ter recibo cerca de 200 pesssoas para conferir a programação.
Já com a casa cheia mandamos bala num show coeso, nosso primeiro com Gabriel, baterista daqui de Natal que vai substituir Xandi nas próximas duas semanas. Pela receptividade do público deu para perceber que fomos bem e até convite para voltar ao festival já nos feito. Maravilha! Os bacanas Búfalos N`Agua e Pata de Elefante também mandaram ver muito bem. Valeu Marcelo e toda a equipe incrível do DemoSul. Fomos para o hotel cedo porque no outro dia 700km de estrada nos esperavam.
Antes das 7h da manhã já estávamos na estrada rumo a Uberlândia. Eu e Ana Morena precisávamos chegar cedo para cumprir pautas da Abrafin e do Fora do Eixo, entidades da qual fazemos parte. Essa viagem machucou um pouco. Um trecho da pista era ruim e quase não tinha pitas dobradas, nessa condição é preciso do triplo de cuidado e isso naturalmente atrasa muito o cronograma. Foram quase oito horas dentro do carro e estávamos nas Minas Gerais.
Também achamos facilmente (com ajuda de GPS) nosso hotel, nos hospedamos e nos dividimos: eu e ana fomos ao trabalho e o resto da banda ficou descansando. Nos encontramos já no Acrópoles, lugar incrível onde acontece o Jambolada. De cara digo que foi o melhor lugar indoor que já fui para receber festivais de médio porte. Capacidade para 6.000 pessoas, área descoberta, área coberta cabendo fácilmente dois ótimos palcos e sonorização boa. Por lá vimos pedradas como as Vespas Mandarinas, The Baggios e Gritando HC. Não deu para ficar até o final porque o cansaço cobrou seu preço e no outro dia teríamos show. Sono dos justos.
Já acordamos perto da hora de passar o som porque o maldito horário de verão nos desorganizou. Perto das 15h rumamos para o terceiro dia do Jambolada que foi montado dentro da Universidade de Uberlândia numa parceria com a Vivo com entrada franca. Nós estávamos escalados para abrir o programa. De novo a chuva nos perseguiu e atrasou em quase uma hora os trabalhos. Quando arrumamos tudo e começamos a tocar o sol já está brilhando (e se pondo) e uma ótimo público de cerca de 500 já estavam por lá. O show não poderia ter sido melhor. Excelente som, amps de responsa, equipe comprometida com o show e performance ótima de todos nós. Saí orgulhoso. Na saída do palco mais três convites para shows nos deram certeza de dever cumprido. Ainda vimos a Nina Becker, os The Hells Kitchen Project e uma surreal e inesquecível apresentação dos Porcas Borboletas junto com o Arrigo Barnabé. Pagou cada kilômetro que andamos. Foi lindo. Valeu Talles Lopes, Avner, Mari, equipe da Cria Cultura e todo mundo Jambolada.
Já estamos de malas prontas. Próxima parada é Cariri!