Por Foca
Depois de um começo de ano atabalhoado e pontuado por mudanças drásticas de postura e formação, o Calistoga volta a ser notícia na cena potiguar pelo que mais importa: sua música. “Still Normal” demorou praticamente 5 (cinco) meses para ficar pronto e mostra o “canto do cisne” da banda como a conhecemos, já que até então o Calistoga jamais tinha passado por qualquer mudança na formação. O EP ainda foi registrado como um quarteto e com o (agora ex) baterista Fernando “Tripinha”.
Se em “Normal People Brigade” o Calistoga se consolidou na cena roqueira como um banda que conseguia equilibrar bem o senso pop com flertes com o experimentalismo e influenciados principalmente por bandas como Mars Volta e Queens Of The Stone Age, aqui a coisa já é diferente. Não há um único hit em potencial nas cinco faixas que contém esse novo trabalho, o que deixa a banda num gueto interessante e enigmático.
O trabalho das melodias vocais também é inferior ao disco passado. Em compensação cresceram muito os temas guitarrísticos, riffs certeiros e passagens sonoras interessantes deixando a impressão de que as letras e vozes foram compostas por último em cima do que já estava pré-definido nas bases.
Para não citar o trabalho música a música e tornar a leitura chata destaco a melhor de todas. Silicon Mind já começa com um riff matador e uma voz recitada e cheia de efeito que vem seguidas de uma melodia e uma levada que achei modernosa na praia de bandas emo-torto tipo The Used. O refrão já explode numa linha poderosa e roqueira. Interessante e o destaque do disco. Um outro ponto que deixou esse trabalho um passo atrás do dois últimos lançamentos do Calistoga é a mixagem e masterização do trabalho, toda feita em casa pela banda. Um resultado até surpreendente se colocado no aspecto “caseiro” mas bem aquém do que o Calistoga merece. O fato é que ter uma gravação poderosa hoje em dia faz muita diferença no mar de bandas que inundam a internet todos os dias.
O resumo da ópera de “Still Normal” é o seguinte: o trabalho parece ser uma transição para o que está por vir nos próximos meses em novas composições com a formação do momento. O Calistoga continua consistente e preciso como sempre e lança mais um bom trabalho. Bom para eles e bom para o rock potiguar no geral.
deu uma dor quando eu li o nome “The Used.”
🙂
ahahahah, mas em algumas passagens parece bastante na parte “limpa”.
O disco é muito foda, é que normal people brigade é além de muito foda, é de outro mundo na minha opinão!
🙂 go to dosol!
Eu curti a mixagem…
E as musicas estão boas tb…
O disco é muito bom. Não sou dos maiores fãs da banda, mas esse amadurecimento me chamou atenção. Parabéns!
Essa semana os boy vão fazer a resenha pra o RockPotiguar…
Evolução e experimentalismo rules!!
Achei as músicas muito massa!!! A minha preferida é “Fells so Real”!! Foda demais!!
Rock sábado do bom!!!
Apesar de concordar que a fórmula usada antes (pop+experimental) garantiu hits geniais como Get Together e New Way to Say, acho que Silicon Mind é uma canditata a hit sim. E acho que na verdade essa nova sonoridade é o que o Calistoga sempre buscou, mas só conseguiu alcançar agora. Então que sigam por aí.
E a mixagem eu gostei pra caralho, mas realmente tem uns detalhes de voz e bateria que merecem mais trabalho. Mas não duvidava que iria sair algo de qualidade – até porque gravei minha banda com eles e ficou profissa! – é só ouvir as guitarras de Feels So Real, tá lindo! o resultado final achei satisfatório.
GO CALIS!
as guitarras são a grande coisa do disco, seu comentário bilico, mesmo diferente do meu aponta exatamente o que achei.
O defeito não está nas musicas, mas sim nos caras, que são as fofoletes… Tudo bicha…
só eu achei insecure pop? hehe
Esteticamente talvez eu prefira vcs assim. Com uma veia mais experimental e menos pop. Não disse no texto que isso era ruim, é só um caminho diferente do álbum anterior. Acho que vcs se dão muito bem nessa praia. Pro meu gosto de ouvinte comum prefiro coisas mais grudentas como todo mundo já sabe…
E sim, achei o ep muito bom. Mas tenho que compara-lo ao que vcs já fizeram antes para resenhar dentro de uma perspectiva da carreria da banda.
bixo. tinha ouvido poucas coisas do Calistoga, esse foi o primeiro ep que ouvi por completo e achei interessante. As guitarras estão muito fodas, os vocais estão bons também e quanto a mixagem, sei lá, cada um tem sua impressão, eu gostei. parabéns pros caras.
Rapaz, não ouvi ainda. Vou ao lançamento pegar um cdzinho, aprendi a curtir o new way to say dia desses. Gosto da banda ao vivo. Agora a capa me lembrou muito as colagens do disco insomniac do green day. belo trabalho.
também prefiro o calistoga mais experimental, com certeza. é o que os moleques sempre quiseram fazer e o que eu sempre gostei de ouvir.
Mesmo assim, parece que insecure passou em branco pra vc Foca pq é uma música baseada na estrutura clássica de músicas pop, Intro – verso – refrão – verso – refrão – ponte – refrão – refrão. Melodias definidas em cada parte que nunca variam e se limitam às notas mais confortáveis dentro da harmonia da base, (um passo para o grude) no mínimo 3 vozes hamronizando com a voz principal nos versos e mais uma nos refrões, no último refrão chega ao cúmulo calistoguístico de 6 vozes simultaneas harmonizando com uníssono apenas nas dobras de cada um dos 6 arranjos vocais, isso tudo deixa claro que é uma musica claramente pensada na voz e não uma base pronta com o vocal inserido posteriormente. Isso ja torna a música a mais trabalhada do calistoga em questão de meldias vocais. Entendo que mesmo com isso tudo a melodia pode simplesmente não ter te agradado, e te conhecendo posso até chutar que tanto “trabalho” foi exatamente oq fez a musica não chamar sua atenção, pois sei que vc é um apreciador da simplicidade na música, mas há de convir que ela é candidata a hit sim e Silicon Mind tb, ainda arrisco que accepted crime tb pode ser. Não que o fato de vc ter pensado q os vocais foram inseridos posteriormente me incomode, (até pq muitas dessas músicas ocorreram assim de fato) o Ten do Pearl Jam é um disco inteiro de bases prontas com vocais inseridos muito tempo depois por Eddie Vedder que so entrou para a banda depois que o intrumental do disco ja estava todo gravado e pronto, se não me engano o Real Thing do Faith No More também foi concluido assim e muitos e muitos discos clássicos do rock (não quero nos comparar a esses mestres e sim mostrar aos menos aprofundados que isso é comum e da certo), foi apenas uma coisa que não fez sentido pra mim na sua resenha e vim comentar, como se fosse uma resenha da sua resenha. Não que me preocupe em ter hits também, pois se isso fosse verdade teríamos um EP totalmene diferente, apenas achei que também não fez sentido dizer que “não há um único hit em potencial” pois um hit só eh um hit depois que ele está consolidado no gosto das pessoas mas um hit em potencial é uma múscia que ja nasce chamando atenção e com certas peculiaridades na sua composição comuns aos hits, e as músicas citadas por mim tem isso. Pra vc não, mas todo mundo tem uma opinião nesse mundo. Quanto a mixagem eu concordo com vc que somos inexperiêntes e o trabalho poderia ter ficado melhor, mas ficou muito honesto e muita gente tem elogiado muito, a honra de termos feito tudo sozinhos foi mas forte que nós e a busca para a evolução nessa área contribuiu para não resistimos ao desafio de mixar e masterizar nossa própria banda, ainda mais sabendo que muitas das bandas que nos inspiram sempre fizerem isso com as próprias mãos, que o diga a cena de washington D.C., o mar de informações da internet pode esperar, as vezes dar um passo para tráz te faz dar três pra frente num futuro proximo. Enfim… gostei da resenha no geral pois ela mostra que vc percebeu e mostrou a todos no site que o calistoga a cada disco faz exatamente aquilo que queremos numa banda de rock, mudar e arriscar, arrisca muito, mergulhar de cabeça nos que nos excita e nos inspira, odiamos ficar parados, queremos novos erros, perder ja é muito mais do que hesitar. “i want a new mistake, lose is more than hesitate” (josh Homme)
Dante, eu não disse que era ruim botar letras depois das bases, isso é muito comum não só nesses discos que você citou com em milhares de outros.
O fato de eu achar que o disco não me tenha, num primeiro momento, um hit em potencial não é uma verdade absoluta. É uma impressão de quem ouviu o disco e achou isso. No trabalho de vocês anterior tive uma opinão bastante contrária e na verdade o que fiz foi um conmparativo entre o que vcs já fizeram e o que vocês estão fazendo agora. A referência é apenas a banda e apenas sobre a minha ótica. Não se incomode com ela. Sou só um grão de areia na praia do rock. E sim, eu gostei muito das músicas (pops ou não).
Adoro melodias trabalhadas, adoro melodias no geral. Todas as bandas que eu amo se baseiam em melodia. Mas aí entra o gosto pessoal de quem ouve para gostar mais ou menos disso ou daquilo. Me dê esse direito, individual e instranferível certo?
Quem resenha um trabalho não julga quesitos como inexperiência, falta de dinheiro, influências de uma cena, nova política de atuação, etc… Se resenha o produto final e é isso. Acho que uma banda do calibre do Calistoga deve sim se preocupar com isso (em ter o melhor áudio possível) e respeito bastante se vocês acham o contrário mas discordo. E discordar é muito bom quando se quer o melhor…
Acho inclusive que vocês devem continuar criando e gravando os áudios sozinhos e quando ficar espetacular no ponto de vista técnico (pro meu gosto) vou ser o primeiro a aplaudir de pé! Eu não desgostei da mixagem, ela é inclusive melhor que a do disco anterior (que eu também critiquei quando saiu).
No mais é isso tranquilidade, respeito, força e humildade para seguir em frente que vocês vçao longe.
Abraços para o quinteto.
Jovens é apenas uma resenha. Se atem a uma obra pronta, como disse Foca. Independente de como foi produzida. Leia-se uma opinião de quem entende do que fala. Na verdade, num era nem pra Anderson está respondendo textos complementares. Escreveu, foi. E escreveu elogiando.
que peitinhos massa doido…
Dica: não se incomode em rebater todas as resenhas que saem de vcs por ai. Nem para o bem nem para o mau. Relaxe e siga em frente que isso éo que importa.
Tenho uma pergunta sobre o que dante escreveu…
Tem um trecho que ele diz assim:
“mergulhar de cabeça nos que nos excita e nos inspira”
Quem seria a gostosona em questão???
É gueeeeeeerra galado!!!!!!!!!
AUHAUHAUHAUHAUHAHUAUH
só num conto pra tu pedrinho, pq se não o dante me mata!
heheheheheh
Viiixxxxx…
Safadeeeenho…
Dante depois que tatuou as folhas de maconha no braço anda muito “misterioso”…
Calma jovens, eu falei a minha opinião e que discordava da de foca em algumas das dele, não se incomodem em rebater as rebatidas das resenhas, cada um tem uma opinião, geralmente não faço isso, so que hoje de manhã me senti inspirado e excitado em fazer. Só analizei a resenha pronta, independente de qualquer coisa e coloquei a minha opinião em relação ao que foi dito, opinião totalmente baseada no meu gosto pessoal e no que eu acredito ser o mais certo para a minha banda. Mas a de quem não é? Elogiou sim Caio, mas e daí? Só por isso não posso expor minha opinião? Ela foi colocada da forma mais educada e respeitosa que pude, me dirigi a foca como amigo e não um cara qualquer que resenhou o cd da minha banda. Foca desculpe se interpretei mal mas:
“O trabalho das melodias vocais também é inferior ao disco passado. Em compensação cresceram muito os temas guitarrísticos, riffs certeiros e passagens sonoras interessantes deixando a impressão de que as letras e vozes foram compostas por último em cima do que já estava pré-definido nas bases.”
da a entender que esse processo prejudicou a melodia das vozes, ao menos para mim. Minha interpretação de textos não é das melhores mas foi oq eu entendi. Mas é isso, nada de mais pra se preocupar.
Grande abraço e obridado pelos elogios 🙂
Dante, eu não disse que o processo prejudicou as melodias, eu disse que no outro disco eu gostava mais das melodias (talvez por se aproximar mais do que eu gosto). E eu gostei dessas melodias tbm, achei bem bom, mas gosto mais das do disco passado. É que nem o Weezer, mesmo quando não é o Pinkerton, ainda assim é muito bom.
aquele programa: Toma Lá, Dá cá.
Não entedi a piada não hugo, explica aí.
O bate bola de vocês pô. Um fala uma coisa, outro retruca. Aí um diz que não é bem assim, o outro diz que é normal… E não acaba. As opiniões divergem e pronto.
oquei!
E eu pensando que esse omi tava falando daquele programa global… 😐
Ainda bem que hoje não tá com cara de chuva… deve dar uma galera no show.