Por Ney Hugo
Ontem uma das listas de discussão mais agitadas da internet, a Nordeste Independente, recebeu um informe que repercutiu pouco mas gerou um levante: A Rolling Stone do México encerrou suas atividades. O mais estranho é que a diretoria anuncia que o que os impede de continuar é a situação financeira mundial. Já teve gente falando que agora a crise é desculpa pra tudo. O depoimento da RS foi o seguinte:
México D.F. 6 de mayo del 2009
A quién corresponda:
Por este medio queremos hacer de su conocimiento que por decisión del Grupo Prisa, en España, se procederá al cierre de la editorial Progresa México. Después de casi siete años en la industria y del éxito que representa la revista Rolling Stone, la situación financiera mundial nos impide continuar laborando como lo estábamos haciendo.
Agradecemos el apoyo que nos brindaron para hacer posible nuestro trabajo. Sin su colaboración hubiera sido imposible lograrlo.
A todos nuestros lectores, mil gracias por su apoyo incondicional, su fidelidad a nuestra revista la convirtió en la más vendida en su género en nuestro país durante todo este tiempo
Les damos las gracias por su comprensión ante la situación.
“No es un adiós, es un hasta pronto”
Sinceramente,
Benjamín Salcedo V.
Director General Progresa México
Equipo Rolling Stone México
Mas o debate que levantamos aqui no Fora do Eixo é outro. O Luciano Matos, do El Cabong, disse em resposta que depois da indústria fonográfica, é a imprensa quem vai sofrer as consequencias por não se adaptar aos novos tempos. Resolvemos então buscar alguns profissionais de comunicação da nossa realidade pra opinar sobre o assunto. Falamos com equipes de comunicação do Circuito, da Abrafin e com o editor da Rolling Stone brasileira, que se renova, traz pautas da cena independente e também investe em conteúdo de internet. Confira:
Pergunta:
Depois de sete anos em atividade, a versão mexicana da Revista Rolling Stone foi extinta. Os diretores alegaram que a situação financeira mundial os impede de continuar trabalhando. Você acha que isso é fruto dos novos tempos, e que a revista não soube se adaptar num fenômeno semelhante ao das grandes gravadoras? Qual a relação?
Acho que é fruto dos tempos atuais. Crise + internet. Até o New York Times já sinalizou que pode deixar de ter uma versão impressa e apostar apenas no digital. O número de leitores cai a cada ano… e por custos, muitas revistas e jornais se vêem obrigados a deixar as versões impressas e migrar apenas para a rede. Infelizmente.
Léo Razuk, assessor de imprensa, Monstro Discos
Preguiça e medo de quebrar paradigmas! É mais facil fechar, abandonar do que dividir e conquistar. Moldes de presidencia, vice-presidencia dos anos anteriores tornam inadmissível um funcionário ter o mesmo padrão de vida econômico e social que seus superiores, que ja tem prolabores em forma de mansões, iates, fazendas, vinícolas, cavalos premiados. Imagine a arte assim: A esposa fala com o marido:
“Amor! Estamos no vermelho pelos próximos 6 meses, escola, plano de saúde, carro, casa…” Marido: “un! (podendo cortar a pescaria, cerveja ou coisa do tipo), cancela as aulas de piano do juninho e as aulas de dança da aninha!”
é isso.
Fabio Boretti, coordenador de planejamento do Sindicatto Extremo (divisão de bandas pesadas do Espaço Cubo) e vocalista do Venial
“Uai cara, sinceramente não sei. A gente tá muito longe pra avaliar, e nem sabe os motivos verdadeiros pra extinção da edição mexicana da revista. Mas partindo da minha visão brasileira do mercado de música, posso dizer que o mercado editorial tá todo inseguro, e sendo o jornalismo musical o primo-pobre do jornalismo, é natural que seja um dos primeiros a sofrer com esses “novos tempos” em que revistas sobre música estão sendo “substituídas” pela informação líquida e instantânea da internet (blogs e sites especializados aos milhares). Mas mesmo assim, acredito que não haverá a extinção geral desse tipo de publicação, porque, mesmo que com em um público diminuto, esse tipo de revista tem apelo. Da mesma forma não acredito que o cd será extinto totalmente, sempre terá os loucos (me incluo aí) que vão comprar revistas e cds, mesmo que possam pegar de graça na internet. O grande lance (e que tá demorando pacas) é as editoras e gravadoras conseguirem entender essa nova lógica e pararem de patinar num terreno em que moleques de 18 anos já dominam há tempos”
Hígor Coutinho, editor do Goiânia Rock News
“Na lista da Abrafin tá rolando o mesmo debate e a leitura do Fernando Rosa pra mim é perfeita. Acho sim que se trata da crise da imprensa do papel, somada claro às mudanças que o setor da música vem sofrendo desde a última década. A algum tempo já há o debate sobre a readaptação da grande imprensa nestes novos tempos de internet e de era colaborativa. E como o mercado fonográfico, o setor vai ter que achar suas soluções pra crescente queda de tiragem/venda dos jornais de grande circulação. E creio que o fechamento da RS Mx é apenas a ponta do iceberg para aquilo que o todo o setor ainda há de enfrentar…”
Marielle Ramires, do Espaço Cubo e coordenadora de comunicação da Abrafin
“Acho realmente que a mídia impressa está nitidamente em baixa e com a crise global isso se acentuou. Não sei se existe um certo vínculo em relação ao que ocorre com as grandes gravadoras, mas sim uma opção clara que a Internet é o caminho da informação atualmente”.
André Pomba, editor do Portal Dynamite
“Não se trata de se adaptar aos “novos tempos”, e sim de não se adaptar à situação… tenho uma visão mais otimista e acredito que a “crise” deve servir para reflexão e mudança, não extinção de algo que poderia ainda dar certo”
Adreana Oliveira, Editora de Cultura do jornal Correio de Uberlândia.
“Com certeza inclusive porque a discussão sobre o futuro dos veiculos impressos identifica um possível fim para os veiculos impressos, mas sem duvida a rolling stone não deve ter se mantido atualizada aos tempos, as novas formas de se produzir comunicação e as novas tecnologias”
Sarah Mascarenhas, coordenadora de comunicação do Massa Coletiva (São Carlos-SP)
“Com certeza. Acredito que os “novos tempos” trouxeram mais dificuldade pra se manter uma revista impressa. O mesmo aconteceu no Brasil com várias publicações voltadas para o Rock. Acho que o que falta é as pessoas se preocuparem mais em se adaptar ao novo mercado, aos novos tempos… Buscar novas saídas pra atrair as pessoas a comprarem a revista, assim como tem que acontecer com as bandas, buscando se diferenciar de alguma forma do “básico”. Um bom exemplo disso é a banda paulista Eu Serei A Hiena que lançou seu novo CD em um formato totalmente diferente e inovador, despertando um maior interesse das pessoas em adquirirem o CD, o material em si, e não apenas as músicas.”
Marco Henriques – Editor do zine Páginas Vazias e batera do U-Ganga (Uberaba-MG)
“Acho que é fruto de uma mudança que vem acontecendo, o primeiro indicativo que tivemos dela foi a batalha do Napster sei lá quantos anos atrás. Não só a instantaneidade da internet como também o avanço de redes sociais e da visão dos usuários de que eles também podem ser protagonistas da criação e proliferação de conteúdo (seja musicais ou “jornalísticos”) representa desafios para a indústria da comunicação acostumada a ser essencial na vida das pessoas”
Camila Cortielha, coordenadora de comunicação do Coletivo Pegada (BH-MG)
“Acho que é na verdade sinal de que essas mídias impressas, principalmente na área da música, estão perdendo muito espaço para a internet. Seria mais inteligente rumar pro online, enxugar custos e oferecer um conteúdo melhor. Acho uma adequação natural que está acontecendo em todas as áreas”
Anderson Foca, Dosol (Natal-RN)
Rolling Stone Brasil
“Na minha opinião, alguns mercados lidam melhor ou pior com as crises financeiras. No Brasil, no caso, o momento global não seria o bastante para encerrar a existência da Rolling Stone – muito pelo contrário. O fim da Rolling Stone Mexico é certamente um reflexo da crise, além de um retrato dos tempos atuais – a democratização da informação pela internet é apenas um catalizador de um fenômeno inevitável, mas que pode ser atrasado ou contornado com novas idéias e adaptação mais rápida e certeira aos formatos vigentes”.
Pablo Miyazawa, editor da Rolling Stone Brasil
MEU NOME É ANTONIO FERREIRA DA SILVA, MORO NO ESTADO DO PARÁ,
EM UMA CIDADE DO INTERIOR A 240 KM DA CAPITAL BELEM,
TENHO UM FILHA QUE CANTA E EU GOSTARIA DE QUE SE FOR POSSIVEM
VCS AI DESTA RENOMADA GRAVADORA DESSE UMA OLHADINHA NESTE MATERIAL AI,
DE MINHA FILHA A CANTORA TINA MELL,TEMOS CD JA PRONTO PRA COMERCIALIZAR, SE OUVER ALGUM INTERESSE,
SE INTERESSAR, ENTREM EM CONTATO POR ESTE E-MAIL
antoniostudio@hotmail.com ou pelo fone tim 91-81686069.
ai segue alguns links.
OBS ELA SE ADAPTA EM QUALQUE ESTILO MUISCAL É DIRECIONAR, O ESTILO
http://www.youtube.com/watch?v=ezvjUKsz_Go
http://www.youtube.com/watch?v=FNm1xwv1Kyg
http://www.youtube.com/watch?v=OBgOL3sBxOc
http://www.youtube.com/watch?v=pAslOIGap1I