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BRUNO NOGUEIRA (PE): A APATIA É GRANDE E A CRISE É GERAL

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O Tim Festival acabou. Certa vez, um amigo me falou que me achava um xiita da cena independente. E agora eu começo a pensar que ele talvez tenha um pouco de razão, já que a notícia acabou me dividindo um pouco entre tristeza e alegria. Eu cheguei a fazer cobertura das edições de 2006 (quando tirei essa fotinha ai de cima) e 2007, e vi alguns vários shows internacionais lá que, na época, acho que teria sido impossível de ver. E essa é a tristeza nesse final. Mas uma tristeza light, já que, nos últimos três anos, cada vez mais bandas de fora vieram cá através de outros festivais corporativos.

A felicidade é um tanto maldosa. Fica pela constatação de um discurso dos festivais independentes que foi tanto críticada no passado. A de que as grandes corporações não se importavam tanto com a música quanto parecia (a Tim também cancelou o seu prêmio). E enquanto eventos como o Goiânia Noise e Abril Pro Rock enfrentam diversas crises, seguem perto de completar duas décadas de existência. E o Tim engrossa o coro do Claro Q é Rock e vários outros festivais corporativos que com muita sorte passam de cinco anos.

Fica a esperança que a Dueto Produções (que fazia o evento) e Monique Gardenberg (a produtor a frente do festival) encontrem outros patrocínios. Elas já adiantaram que, para este ano, ficou totalmente inviável ter um festival.

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