Foto: Fabrício Nobre continua presidinso a ABRAFIN
Ontem teve a votação para nova gestão da Associação Brasileira dos Festivais Independentes (abrafin). Apesar do presidente continuar sendo Fabrício Nobre, do Goiânia Noise / Bananada, quase todos os outros cargos tiveram mudanças. A chapa assume pelos próximo dois anos agora na configuração que está logo abaixo. Na principal novidade, está a saída de Paulo André (Abril Pro Rock) da vice-presidência e entrada de Pablo Capilé (Calango) no lugar.
A coordenação continua quase toda com os festivais mais antigos. Até porque eles precisaram enfrentar um dos períodos mais difíceis para a associação. Afinal, a crise econômica aperta onde doi mais nos festivais, que é o bolso do Patrocinador. Mas já tem alguns eventos mais novos ocupando cargos importantes. Por sinal, para quem ainda não sabe, a Abrafin faz três reuniões anuais. Quem quiser se filiar, só tem agora mais duas chances de pegar o encontro. O próximo será na Feira da Música / Porto Musical, no Recife em maio. A terceira é em dezembro.
Dessa primeira reunião, além da nova gestão, teve a divulgação oficial de seis novos festivais na Abrafin: Festival Mundo (PB), Forcaos (CE), Macondo Circus (RS), 53hc (BH), Cururu Siriri (MT) e Release Alternativo (GO). Agora são 38 afiliados em todo o país. O resultado saiu depois de dois dias inteiros de reunião em Brasília, com a presença de 25 festivais, além de alguns órgãos importantes como o Ministério da Cultura, o Senaes e o Sebrae. Resta agora esperar pelo planejamento 2009 e pesquisa feita por Bruno Ramos, que deve sair em março.
É interessante perceber como a Abrafin parece estar numa constante montanha russa. Os maiores problemas deles na primeira etapa aparentemente tinham passado até agora – em parte, uma repentina maturidade dos principais críticos a Associação em reconhecer os resultados dos trabalhos realizados – mas a subida tranquila foi só para uma nova queda. A crise financeira já afastou o principal patrocinador de cultura do país de cenário. A Petrobrás agora só libera verba através de edital (antes, ela escolhia vários eventos para apoiar diretamente). Por muito pouco não deixou até o Flamengo na mão.
Se num primeiro momento os festivais fizeram questão de serem ouvidos e percebidos, parece que chegou a hora de mostrar o que eles tem efetivamente a dizer. A recuada da Petrobras, mudanças na Lei Rounet e na gestão pública municipal de boa parte das capitais vai servir de provação para o sempre controverso termo “independente”. Alguns eventos já estão se preparando planos B, para garantir que vão acontecer mesmo sem patrocínio nenhum. É esperar e ver o resultado.
E boa parte da responsabilidade vai estar com essa turma aqui, ó:
Presidente: Fabricio Nobre – Goiania Noise Festival (Goiânia – GO)
Vice-Presidente: Pablo Capilé – Festival Calango (Cuiabá – MT)
Secretario Geral: Talles Lopes – Jambolada (Uberlândia – MG)
Diretor Financeiro: Leonardo Belém (Leo Bigode) – Bananada (Goiânia – GO)
Diretora de Comunicaçao: Marielle Ramires – Grito Rock – (Cuiabá – MT)
Diretor Institucional: Aluizer Malab – Eletronika (Belo Horizonte – MG)
Diretor de Ação Internacional: Paulo André Pires – Abril Pro Rock (Recife – PE)
Diretor de Açao Politica : Daniel “Zen” Santana – Varadouro (Rio Branco – AC)
Conselho Fiscal: Paulo “Linha Dura” – Consiencia Hip Hop (Cuiabá – MT), Andre “Pomba” – Mix Music (São Paulo – SP), Luis Mathias – Demo Sul (Londrina – PR) e Rodrigo Lariu – Evidente (Rio de Janeiro – RJ)
Representação no Nordeste: Ivan Ferraro – Feira da Música (Fortaleza – CE)
Representação no Norte: Vinícius Lemos – Festival Casarão (Porto Velho – RO)
Representação no Sul: Vladmir Urban – Psycho Carnival (Curitiba – PR)
Representação Sudeste: Cláudio Rocha – Primeiro Campeonato Mineiro de Surf (Belo Horizonte – MG)
Representação Centro Oeste: Gustavo Sá – Porão Do Rock (Brasília – DF)
Representação Ibero Americana: Fernando Rosa – El Mapa de Todos (Brasília – DF)