O mercado independente brasileiro já percebeu que tem força e que hoje e fundamental para a sobrevivência da música brasileira de qualidade. Mas também percebeu que não adianta cada um correr por si. Sem precisar pensar igual ou de discurso de “‘estamos todos juntos”, os festivais deram um primeiro passo e se associaram, ganharam mais força e respeito. Hoje, através da ABRAFIN – Associação Brasileira de Festiveis Independentes, estão bem representados em qualquer discussão sobre música, seja com o grande mercado, seja com os Governos, seja no próprio meio independente.
Outras ações de cooperativismo e associativismo já vem acontecendo, mas uma novidade interessante é o Casas Associadas. Para quem ainda não conhece, trata-se de uma associação nos moldes da ABRAFIN, mas nesse caso envolvendo casas de shows. Fundada em março de 2008, a CASAS ainda não ganhou muito espaço na mídia, nem conquistou ainda o respeito que almeja, mas é uma proposta bastante interessante para o meio independente, já que os festivais são apenas um tentáculo desse mercado.
Se os festivais aglutinam os principais nomes do mercado durante datas específicas, no dia dia, quem recebe bandas, artistas para shows rotineiros são essas casas. Nomes novos, veteranos, menores, maiores, autorais ou não, todo mundo tem que tocar nessas casas para ganhar visibilidade, mesmo que seja na própria cidade. Daí a importância desses espaços terem mais reconhecimento.
O objetivo da associação é conectar estes espaços e possibilitar maior interação entre eles e um atividade conjunta. Uma idéia que deve possibilitar e potencilizar a criação de um circuito brasileiro de casas de shows independentes, com mais facilidade para agendamento de shows e turnês. Contribui também para que o público tenha maior acesso à música brasileira fora do mainstream e para que as próprias casas possam contar com uma programação variada e freqüente de boa música. É uma aposta interessante. Em Salvador, a Boomerangue é a primeira casa filiada.