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FÁBIO FARIAS (RN): MADA – PRIMEIRO DIA

O primeiro dia dos dez anos do maior festival de música de Natal foi regular. A chuva que, ora caía, ora parava e a cerveja Sol a três reais contribuíram para isso. Mas o determinante foi a escolha das bandas. Principalmente da esperada headliner, O Rappa, que fez o mesmo show, em que Falcão falou a mesma coisa, com direito aos mesmos pulos de Falcão e a mesma lição de moral. Já são cinco anos de mesmice. Um saco.

A banda uruguaia Motosierra, apesar da excelente presença de palco do grupo, dos rifs pesados, da negada enlouquecida e da crítica natalense que dizia ser a melhor escolha do MADA, não me convenceu. É gritaria, não consigo gostar de gritaria. Um vocal rasgado que lembra ritmos como grind core e porcarias do gênero. A banda só não é ruim por conta do instrumental, que é do caralho. Para mim foi que nem Sol quente: não desceu.

Quem me surpreendeu foi o grupo natalense Brand New Hate. Sangue novo na cena local, a banda fez um show empolgado, mostrou personalidade no som e vontade. Eles são bons. Apesar de a minha situação alcóolica estar no auge no momento do show do grupo (três doses de tequila + conhaque + umas latinhas de Sol).

Sweet Funny Adams e Rastafeeling também fizeram bons shows. Incrível como os veteranos da banda de reggae conseguem contagiar com o seu som. E os pernambucanos fazem um som sóbrio e um show acima da média. O resto das bandas (tirando Poetas Elétricos, que não vi), não vale a pena comentar.

Sobre a estrutura do festival, gostei da feirinha e a tenda eletrônica ganhou dois pontos positivos. Um palco. Bem melhor que as edições anteriores em que DJ’s ficavam apertados. E bandas. O Barbiekill inaugurou o espaço. Com o jeito, digamos, descolado do performer Daniel Podicrê e dos integrantes da banda, eles mostraram composições novas e boas, que sai um pouco da linha eletro-rock, empolgaram a platéia com o single “Chiclete” e fizeram um show divertido.

De resto, na tenda, foi o mesmo bate estaca de sempre.

A quinta-feira foi isso. Sinceramente, não me empolgou. Espero que hoje as coisas melhorem. Autoramas e Pato Fu prometem um show ótimo. Das independentes, to interessado particularmente por Lunares (RN), Curumim (SP) e Poliéster (RS). O rock gaúcho costuma dar boas contribuições para o cenário nacional.

Agora é esperar.

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11 Comments

  1. Eu curti
    o rastafeeling

    motosierra pqp!fodao

    sweet faanny adams eh bem legal
    mas curti mais o show na casa da ribeira

    o rappa
    sei la
    nem fiz questao de ver
    apesar de gostar de algumas canções!

    pensei que quinta ia dar pouca gente
    mas sexta foi mais decepcionante!

  2. Fábio, vou ser sincero, eu não gostei da resenha principalmente por causa da “crítica” a Motosierra, seilá, gosto é gosto, você não precissa necesariamente elogiar tudo mesmo sem gostar. Eu tambem não gosto de gritaria, odeio gritaria, mais eu sei diferenciar uma banda que faz soada de uma banda que faz Rock. Aquilo não é só gritaria.

    Vocalista nenhum precissa seguir um padrão. Se ele canta gritando daquele jeito, a única coisa que eu posso garantir é que o mínimo do mínimo de capacidade e criatividade para fazer isso ele tem já que faz de maneira bem feita e legal. Ele canta muito. A banda não só se salva por causa do instrumental, nem de longe. O vocal deles, Marcos, é muito foda. Motosierra foi o nome mais forte (em nível de reconhecimento) de todo o MADA desse ano. Já foi elogiada por diversas bandas grandes de Punk / Rock’n’Roll do mundo, da America Latina eu acho a melhor dentro das bandas que tem influência direta de Stooges, MC5 e similares. Tirando que no Brasil inteiro não tem uma banda que se quizer faça um show feito aquele deles.

    Não gostei de SFA.

  3. Caspa

    Respeito sua opinião meu bróder e a vida é assim mesmo, cada um tem a sua visão. A minha é que o vocal é gritado demais, rasgado demais atrapalha na sonoridade da banda, que tem um instrumental do caralho. Na questão presença de palco é inegável que Marcos manda muito bem. Mas eu não gostei do som, é a minha opinião.

    E outra, influência não é sinal de qualidade da banda. Conheco uns grupos com influencias foda, mas de som péssimo.

  4. Tá Legal, te entendo claro, mas o negócio é que você não gostaria tambem de nenhuma do estilo né ? Seilá. Complicado. Nenhuma agradaria… é coisado.

    Você não gosta dessas coisas, nem sente falta… Mas pra mim, que gosto dessas coisas, é oque eu sintia falta no MADA, não obrigatoriamente coisas tão rápidas e pesadas no estilo do Motosierra, mas sim ” Rock de Verdade “. Não falo só das Headliners, mas bandas de Rock’n’Roll pequenas mesmo, mal aparecerem para tocar no festival. Esse ano teve Motosierra, meio que proporcional ao Datsuns que foi pro Abril Pro Rock. O público do mada já é meio ” pra baixo “, se só colocarem coisas calmas ai que a galera dorme mesmo… né não 😛 ?

    Te vejo lá hoje, haeoiuauiaiuoshaiuoe flw fábio

  5. Achoe que ele exagera demais na presença de palco, não precisa daquilo tudo não…

    A banda é foda, tanto instrumental como vocal…

    Mas ele sinceramente não precisava botar o microfone na bunda e nem mostrar a bunda…

    E depois ainda falam de banda de axé pagode que quer fazer sucesso com a bunda…

    Eu poderia ter voltado pra casa sem ver aquela cena bizarra e desnecessária…

    Mas enfim…

  6. Rapaz, como alguém consegue ocupar aquele palco grandão como o tal Marco motosierra. E olhe que ele é maguinho e pequeno. É performace, gente, performance das boas, competente, coisa difícil de se ver por aqui aliás. É difícil ser perfomático sem ser caricato – leia-se fantasiado, blá blá blá como a gente vê certas figurinha. Ele lembrava um pouco o mick jagger também, do qual deu pra ver que é fã. Se era o que faltava no mada, pois esse ano teve. E ponto final. ps: O som eu não vou nem falar por que pra mim foi aulão. ps2: acho engraçado quando alguém diz cheio de pudor “sei lá, achei meio exagerado, tipo não precisava botar o microfone no fiofó”. Mas ai é que tá o valor da performance. Veio a vontade e o cara fez ahahaha, talvez nunca mais repita, mas pelo menos virou manchete.

  7. .
    Rapaz, também vou discordar de Fábio quanto ao Motosierra. Eu mal ouvi uma música ou outra da banda antes de assistí-los, mas pra mim foi o melhor show do mada esse ano. E olhe que minha banda preferida tocou, hein?

    Bunda por bunda, Madame Mim também mostrou a dela. E sobre o microfone, onde foi posto não é novidade exatamente pelo exemplo citado: Honkers. Não foi o que mais chamou atenção.

    Eles são fodas e sinceramente quem levou a pior nota do festival foi o público, incapaz de formar uma roda digna, o que me deixou com dor no corpo de frustração até agora!

    Depois deles, Sweet Funny Adams e Brand New Hate, que não faz meu estilo e mesmo assim impressionou!
    .

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