Não deve ser muito arriscado dizer que existem duas Electrozion’s. A primeira é a das gravações que você encontra na integra no SomBarato e em trechos no Myspace. A segunda é a que faz apresentações ao vivo, ao menos teoricamente, com as mesmas músicas. Coisa de quem ainda tá se encontrando no som que pretende fazer. Descomplicando a teoria, o trocadilho no nome (electro + zion) é justamente a melhor explicação para a música feita por Padrones, Léo Vila Nova, Ju Orange e Peter Noya. Reggae + Programações… ou, como eu prefiro chamar, dub do espaço.
Ao vivo as músicas são bem mais lineares. Remetem direto ao gênero mais antigo, com uma programação mais leve. Ao vivo, a coisa muda de figura. O dub do espaço cantado por uma mulher encontra um interlocutor rapper de timbre grave e, de repente, sobram referências a nomes como Gorillaz e The Good, the Bad and The Queen. Não é para tanto, apenas um caminho fácil de visualizar a parte etérea deles.
Ju explica ai nos comentários o porque da diferença. Além desses quatro, quando eles se apresentam ao vivo sempre trazem um convidado. Sacada inteligente que evita a mesmice nos shows, com você sabendo agora que precisa ir a todos sem saber muito bem o que pode encontrar de novo.
A Electrozion entra no circuito ainda de forma tímida, com uma boa apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns, mas ainda sem ser percebida por eventos mais voltados a cena independente. Sinal dos tempos. Uma dificuldade que essa galera – dos festivais, não a das bandas – vai enfrentar daqui pra frente quando os gêneros ficarem difusos demais e os eventos segmentados demais. Em que noite de um grande festival você encaixaria, por exemplo, The Mobius Smile, essa faixa ai abaixo? Tem que se adaptar, para não praticar o mega vacilo de deixar de fora.
Essa banda é muito boa, vi o show do festival de garanhus e do metrô rec, o som é muito louco!!