Festivais e Shows

COMO FOI: PORÃO DO ROCK 2011 EM BRASÍLIA/DF

Foto: Camarones no Porão do Rock (Carol Góes)

Por Foca

Cobrir ou comentar shows no Porão do Rock é saber que você não vai conseguir ver tudo. A programação se divide em três palcos simultâneos e o lance mesmo é sair de casa já sabendo o que vai assistir e contar com que o festival cumpra os horários estipulados.

Em tamanho e espaço físico o Porão do Rock pode sim ser considerado hoje um dos maiores festivais do país, dentre aqueles que priorizam artistas independentes sem dúvida é. A área para shows, toda montada em volta do complexo esportivo de Brasília, foi muito bem pensada para que um show não atrapalhasse o outro (problema crônico em edições passadas). Fato é que o formato atual do Porão é bastante vencedor e funcional para quem quer assistir sua banda preferida sem atropelos.

No primeiro dia do evento (que distribui ingressos gratuitamente), cerca de 25.000 pessoas estiveram presentes segundo estimativa da produção. Escolhi ver alguns shows que ainda não tinha visto e fui cumprindo essa missão até os últimos acordes já na madrugada do sábado. O Garotas Suecas, banda que confesso ter escutado pouco, me surpreendeu pelo suingue, groove gostoso e simpático e boa presença de palco do vocalista. Banda massa. Mudei de palco para ver um furioso Ratos de Porão comandar um master roda de pogo e constatei que o grupo continua muito em forma. Na sequência deu para ver o Vespas Mandarinas que também fez um bom show e o Brown-Há que vem melhorando a cada apresentação.

Os Tormentos, banda Argentina, teve sua chegada atrasada e subiram no palco fora da ordem previsto, o que acabou atrasando bastante os horários no primeiro dia. Vi um pedacinho do show do Angra para um ginásio absolutamente lotado. O público pareceu gostar, eu nem tanto. Posso dizer o mesmo dos Raimundos, fui para me divertir com os hits que o grupo possui e que adoro, mas infelizmente, para quem já viu a banda em outros tempos o show não convence. O público amou, eu respeitei o esforço do grupo em agradar mas achei o show estranho.

Por último no sábado fui tomar uma surra de guitarra e grooves do Helmet. Não dá para dizer muito sobre o show. É o Helmet, numa forma incrível e com uma sonorização perfeita. Até agora aqueles riffs não me saem da cabeça. Foi a segunda vez que os vi ao vivo e quero mais!

No sábado já fui em outra vibe pro festival. Estava lá para tocar com o Camarones Orquestra Guitarrística e vi só o que aconteceu depois do nosso show. Sobre o Camarones digo que lá de cima tava uma puta vibe, excelente público em frente ao palco (no segundo dia com pouco mais de 10.000 pessoas muitas apresentações ficaram esvaziadas) e ótima sonorização feita pelos técnicos do Móveis Coloniais de Acaju Tom e Frango. Parece que nosso show ano passado no RollaPedra nos deu um gás em Brasília. Valeu!

Depois vi o Wander Wildner fazer novamente um show divertidíssimo (bem parecido com o clássico show de 2009 do Abril Pro Rock), o Krisiun quebrar ossos num dos shows mais brutais que já vi na vida e por último o Jon Spencer Blues Explosion jogando toneladas de guitarras fuzz, grooves bluseiros e levadas rock numa sonzeira memorável. Só estando lá para sentir o tesão desse rock.

Com organização e atendimento impecáveis o Porão reafirma sua importânca no calendário de festivais pelo Brasil, cumprindo a missão de colocar no palco a nova cena da música candanga e brasileira e muitos dos grandes artistas do rock nacional e internacional. Vida longa ao festival!

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2 Comments

  1. Poxa, não gostou dos RAIMUNDOS e eu achando que com essa nova volta deles, com lançamento de DVD e tudo mais, quem sabe o DO SOL trouxesse os caras para essas bandas…

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