Resenhas

RESENHA: FOO FIGHTERS – BACK AND FORTH

Por Marlos Apyus

Foo Fighters: Back And Forth

Não há muito o que se fazer em documentários sobre bandas/músicos. Por mais que suas histórias sejam parecidas e repetitivas (sempre iniciam com sonhos e encontram um mínimo de conflito em experiência com drogas), nunca deixam de soar interessantes. A do Foo Fighters tem uma pimenta especial por ter nascido da morte de um dos maiores ícones do rock. Contudo, logo esta passagem é relatada – com menos drama do que fariam outros aventureiros, mas com respeito e serenidade.

Finda que o documentário se volta ao, digamos, renascimento de Dave Grohl. Acostumado a destruir instrumentos ao final de suas apresentações com o Nirvana, meses depois do suicídio de seu companheiro de palco se vê começando do zero, registrando uma fita K-7 com composições suas que nunca foram aproveitadas por sua antiga banda. E a narrativa segue bem linear até conseguir transforma 300 pagantes nos pequeno pubs americanos em noites seguidas de ingressos esgotados no estado de Wembley.

Talvez tenha faltado à direção de Jame Moll uma certa inventividade para deixar o melhor para o final. Porque, por mais que Wasting Light soe como o maior álbum da banda, ainda é bastante novo para justificar os 40 minutos finais de projeção dedicados a um sessão ao vivo de suas canções de ponta a ponta com auxílio de imagens 3D. Uma montagem mais balanceada teria distribuído suas onze faixas do início ao final do filme, entrecortando-as com a história do grupo e guardando para o clímax as apresentações na Inglaterra. Por mais que assim se perdesse o mote defendido pelo líder do grupo de que, após um show para 85 mil pessoas, o que se pode fazer é se trancar na garagem de sua casa e gravar um novo trabalho.

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