Foto: Rebeca Correia
No futuro, quando os biógrafos da cena local forem situar a terceira onda do rock natalense (netos da época das domingueiras psicodélicas do Impacto Cinco, filhotes tardios do Mangue Beat, Raimundos e General Junkie, aditivados por Los Hermanos, Radiohead e o boom do indie via web) certamente haverá um capítulo de honra para o SeuZé.
Desde 2003, quando eclodiram nos palcos locais misturando blues, xote e o Nordeste setentista de Alceu Valença e Zé Ramalho, a banda só acumulou conquistas: tocou em praticamente todos os palcos de Natal, gravou à ferro o hit “Sai Galada” na memória musical da cidade, gravou um álbum de estreia (Festival do Desconcerto) que rompeu as barreiras locais e chamou a atenção da finada revista Bizz e de outros veículos dos grandes centros, tocou em pé de igualdade com os headliners em duas edições do Festival MADA (levando até torcida organizada), foi a banda mais querida do Setor II da UFRN e chegou até a agitar uma matinê em um acampamento do MST.
O ritmo acelerado durou até 2007, quando cansados de tocar sempre nos mesmos palcos entraram em hiato forçado – o que provocou troca de integrantes, desinteresse de parte do público e quase os levou ao ostracismo precoce.
Seu Diran!