Foi-se o tempo em que os festivais independentes de rock espalhados pelo Brasil eram uma trincheira de resistência adolescente local, cheios de bandas obscuras e movidos a rock barulhento e testosterona esguichando.
Por Alexs Antunes – www.nagulha.com.br
Foi-se o tempo em que os festivais independentes de rock espalhados pelo Brasil eram uma trincheira de resistência adolescente local, cheios de bandas obscuras e movidos a rock barulhento e testosterona esguichando. Tudo bem, ainda há esses festivais “machos”, dos quais o veterano Goiânia Noise, que chegou em novembro à sua 15ª edição, ainda é o melhor exemplo – apesar do notável amadurecimento. O fato é que o circuito de festivais têm se transformado aos poucos em um roteiro variado e inteligente, com uma produção profissional e esmerada, e também um celeiro das melhores bandas do Brasil.
Foi o que mostrou uma circulada pelos festivais do segundo semestre do ano passado, como o Porão do Rock (Brasília), Contato (São Carlos, SP), Jambolada (Uberlândia), Calango (Cuiabá), DoSol (Natal), Se Rasgun (Belém), Macondo Circus (Santa Maria, RS) e o próprio Goiânia Noise. Somam-se a esses outros festivais emergentes e caprichados da região norte, como o Varadouro (Rio Branco, no Acre) e Quebramar (Macapá, no Amapá), e uma mostra como a da Feira de Música de Fortaleza, que investe nesse mesmo perfil de bandas novas e discussões espertas e necessárias.
É altamente pertinente a colocação que os festivais não são mais uma trincheira adolescente, falo pois, tenho 38 an0s e fui para o festival dosol com minha namorada de 28 e minha cunhada de 29. É claro que é necessario a ida destes adolescentes pois serão o futuro do rock já que amanhã serão eles os artistas. Estes festivasi devem e tem de ser cada vez mais incentivados, a midia explora uma safra de bandinhas que me deixam com vergonha, pois, tive a oportunidade de ver a cena rock dos anos 80 no palacio dos esportes e também acompanhei com fervor e entusiasmo o reaparecimento do rock nos anos 90 com o maravilhoso chico science e nação zumbi, os Raimundos, o Panet Hemp o Rappa. Termino dando parabéns ao anderson Foca que não conheço pessoalmente mais que deveria ser reconhecido por todos os potiguares pelo o que faz pela cultura e cena do rock local. Valeus..
Só resaltando. quem teve chico science ter de ouvir nxzero é foda
infeliz esta frase, soou preconceituosa, se os festivais nao fossem as trincheiras de resistencia adolescente nem nos mesmos estariamos aqui hoje, ou voces esqueceram da cultura do rock de garagem, embriao destes encontros, acho que talvez a profissionalizacao o amadurecimento e a dedicacao daqueles antigos adolescentes eh que fazem o desenvolvimento dos festivais, mas o publico sempre sera , pelo menos em parte , os novos rockeiros, por isso ainda acredito ser uma trincheira, um posto mais avançado digamos dos antigos e dos novos adolescentes. abracos qualquer coisa eh so chamar, Thiago Pindaiba, palhaco e antropologo
Olha concordo que o rock independente esta numa crescente para o profissionalismo dos festivais indie. Mas discordo quando o comentário soa preconceituoso. Acredito que os “adolescentes das trincheiras” não se sentiriam bem deixados de lado na construção dessa historia. Coloca-los a margem não é garantia de sobrevivência para o rock, até porque as trincheiras vão continuar a existir, em quanto existir uma banda de garotos de 15 anos ensaiando na garagem.
Hoje tenho 31 anos, mas me orgulhos dos anos de resistência, brigando contra tudo para poder mostrar o meu som quando ainda era moleque.
Vamos continuar crescendo e vocês estão de parabéns, mas vamos ter cuidado também com as palavras, o rock ainda se sustenta desses mesmas trincheiras. É daí que nasce o publico que freqüente os grandes e organizados festivais.
Grande Abraço!
muito bom o festival do caralho, e como posso participar desse festival e qual é o periodo do ano que ele rola. valeu e abraços dos manos shc5 de salvador bahia.