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RESENHA DE DISCO: CHINA – SIMULACRO

No primeiro disco solo – um EP do selo Cardume em parceria com a EMI – China entrou de cabeça numa sonoridade pop/samba/bossa nova que agradou aos acadêmicos de plantão, mas não lhe deu a personalidade que o Sheik Tosado, sua ex-banda, possuía. Agora totalmente independente no selo Candeeiro, ele se volta para o pop como um todo, sem deixar escapar o rock de formação. Tanto que muitas vezes guitarras pesadas e psicodélicas é que dão o tom – caso de “Um Dia Lindo de Morrer” e “As Ondas Não Chegam Nos Pés”.

Mas nem sempre é assim. China consegue manter um certo ecletismo e ao mesmo tempo trilhar um caminho mais ou menos próprio. Uma pista para se matar a charada pode estar nas datas de composição de cada música, que abrangem oito anos – de 1999 a 2006. Outra é a sonoridade pop globalizada que permeia todo o disco, desde as levadas de bateria até os baixões e teclados retrô – tudo soa pop e extremamente contemporâneo.

China é de Recife, toca numa banda cover de Roberto Carlos junto com os rapazes do Mombojó, mas sua música pouco tem a ver com a jovem guarda ou o mangue beat, muito embora alguma coisa perdida desses nichos seja encontrada aqui e acolá neste “Simulacro”. Talvez porque integrantes do próprio Mombojó, Bonsucesso Samba Clube e Mundo Livre SA (o baterista Pupilo, que também tirou onde de produtor) tenham tocado no disco. Ou, por outra, porque China parece ter encontrado a dosagem certa daquilo que deseja ver (e ouvir) em sua música. Mais maduro e não menos atento, consegue extrair fruto de árvore seca.

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2 Comments

  1. o texto é desnutrido e nao situa o leitor, melhora isso ai meu irmao!!
    a informaçao mais importante foi a entrada do pupilo no mundo livre S/A,rs

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