Clipping

REPERCUSSÃO FESTIVAL DOSOL – OVERMUNDO (RJ) – TERCEIRA NOITE

Sem dúvida o domingo, 6/8, foi o dia de maior público do Festival DoSol. A programação que estava dedicada ao Hardcore e suas vertentes, atraiu uma turma mais jovem e cheia de estilo, de skatistas a emos.

Pra começar, no final da tarde, três bandas locais tocaram no palco do DoSol Rock Bar: Fliperama, Ravanes e Pots – iniciativa que estimula as bandas em formação na cidade. Seguidos, no palco maior, pela apresentação do Dead Nomads (PB), que empolgou o público aglomerado em frente ao palco.

A garotada do Karpus (RN) antecedeu a apresentação dos performáticos Astronautas (PE), que mostraram um rock-eletrônico muito bom! Depois foi a vez da banda da ‘diretoria’, o Allface (RN), com estréia de Ana Morena no baixo e direito a participação especial do vocalista Rodrigo PS, do Jane Fonda.

Quando os paulistas do Aditive subiram no palco armado no largo da rua Chile, Ribeira, a galera esquentou ainda mais e foi assim até o fim da noite, encerrada pelos capixabas do Dead Fish. As caixas de som que estavam no chão viraram trampolim e a frente do palco uma grande roda de pogo. Rapaziada instigada!

Música e atitude

Na seqüência o Jane Fonda (RN) manteve o ritmo e o clima, abrindo caminho para o som colossal do Devotos (PE). Depois de mais de seis anos sem vir à Cidade do Sol, eles mostraram novidades: “Está saindo do forno o CD ‘Flores com espinho para o rei’”, anunciou o vocalista Canibal.

Os caras que realizam há dez anos um trabalho sócio-cultural na comunidade Alto José do Pinho, periferia do Recife, estão divulgando o novo trabalho pelo Brasil, e após o DoSol seguem para outro festival em Tocantins. ”Todo o nosso CD foi produzido na comunidade do Alto, onde há seis bandas bandas com trabalho já gravado”, contou o vocalista já adiantando que vem novidades por aí.

O hard core do Dead Fish fechou a terceira e última noite do Festival DoSol, com boa apresentação para um público que gosta do estilo. “Fazemos questão de tocar no Nordeste. Pena que nem sempre dá pra aproveitar as praias, o sol, os camarões… (risos) Fico feliz de participar desse festival porque sei que é feito por pessoas que fazem porque gostam de música”, diz Rodrigo, vocalista da banda.

Balanço final

E assim acaba o Festival DoSol, com um cardápio variado de vertentes do rock produzido no cenário da música independente brasileira.

Na balança: boa programação, vários lançamentos de CDs, estréias, um público ainda alheio ao que realmente representa um evento desse porte, estímulo a bandas em formação, ciclo de palestras com participação de nomes nacionais da cena indie e, claro, ‘pepinos’ comuns a festivais como atraso e problemas no som.

No saldo: mais um bom motivo pra se fazer, mostrar e pensar música na cidade ‘Do Sol’. Que venham outras edições!

Previous ArticleNext Article

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *