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GRITO ROCK 2011 INVADE BRASIL E AMÉRICA LATINA

Grito Rock 2011: festival integrado conquista América Latina
Serão 132 cidades em 10 países circulando produção alternativa de música, cultura e tecnologia
Móveis Coloniais de Acaju no Grito Rock 2010

Crescendo mais a cada ano, o Grito Rock chega a sua nona edição com o impressionante número de 132 cidades realizadoras no ano de 2011, apresentando um crescimento de 65% em relação ao ano anterior e consolidando-se como o maior evento integrado do planeta. O festival conquista as fronteiras da América Latina e acontece em 10 países: Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Panamá, Costa Rica, Guatemala, Honduras e El Salvador.

Os eventos do Grito Rock ocorrem entre 19 de fevereiro e 28 de março. O Festival é uma produção do Circuito Fora do Eixo, filiado à Associação Brasileira de Festivais Independentes – Abrafin. Realizado também com apoio do Toque no Brasil que disponibiliza, a partir de 12 de janeiro, mais de mil vagas para bandas e artistas brasileiros e do mundo. A expectativa é que 2.000 bandas/artistas se apresentem para um público de cerca de 200 mil pessoas, aumentando em 150% no número de bandas em circulação nos últimos 2 anos.

Estima-se que o investimento total dos produtores de Grito Rock combinados alcancem aproximadamente R$2,2 milhões, injetados diretamente no mercado independente. A produção colaborativa envolve cerca de 9 mil pessoas trabalhando direta e indiretamente, sendo divididos entre empregos formais e informais, autônomos, voluntários e – boa parte deles – são de colaboradores da produção, que recebem em moedas sociais ao invés da moeda oficial vigente (Real).

A ideia de promover o festival em rede vai além de estimular a produção. Segundo o gestor nacional do Grito Rock 2011, Felipe Altenfelder, “o Grito é principalmente um estímulo às conexões em rede, a circulação de artistas, a distribuição e a comercialização de produtos, a comunicação integrada, a formação de agentes culturais, e a geração e difusão de tecnologias de gestão”. Para incentivar toda esta troca, os organizadores lançam as Campanhas do Grito Rock, ferramentas de mobilização e integração (mais detalhes abaixo).

Apesar de ter o “rock” no nome, o Grito não restringe a programação a estilos. Uma das organizadoras pioneiras do festival, Marielle Ramires, conta que “quando iniciamos, o rock era o diferencial da ação, mas com o tempo a rede de produtores foi entendendo que se a atitude for rock, o som pode ser em qualquer ritmo”, se referindo ao lema “faça você mesmo” que nasceu no punk rock e tem sido adaptado para o “façamos juntos” no movimento independente nacional em ações como o GR.

E a música que sempre foi a vedete do evento integrado, compartilha cada vez mais o espaço das grades com outras atrações. Programas de formação tais como palestras, debates e oficinas acontecem em rede desde 2007. A partir deste ano, o Palco Fora do Eixo inaugura a ocupação no Grito Rock com as duas turnês de grupos cênicos, que visitarão 6 cidades de Minas Gerais e 7 de São Paulo.. Outra ocupação que se inicia em 2011 é o Fora do Eixo Socio-ambiental, que contabilizará o impacto que o festival causa ao meio ambiente e promoverá compensação com plantio de mudas em 3 regiões de biomas diferentes no Brasil.

Os realizadores. Conheça os produtores integrados
Pela primeira vez desde que começou a ser realizado de maneira colaborativa, o Grito Rock será executado nos 27 estados brasileiros e em outros 8 países (com cidades da América do Sul e Central). Os 132 produtores cadastrados na realização do Grito Rock representam um crescimento de 65% em relação a 2010, quando o projeto conectou mais de 80 pontos.

Entre os produtores, 13 estão na região Norte, 18 são do Nordeste, 11 do Centro-Oeste e 17 no Sul, enquanto o Sudeste soma 63 realizadores e 10 cidades são de outros países (Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Panamá, Costa Rica, Guatemala, Honduras e El Salvador).

51% das cidades participantes realizam o GR pela primeira vez, 22% pela segunda, 10% pela 3ª, enquanto 8,5% o produzem pela 4º e o mesmo número a 5ª, enquanto Cuiabá, que começou o projeto, já está na sua 9ª edição. Desses produtores, 52% são Pontos ligados a rede Fora do Eixo, enquanto 48% não, mostrando que o projeto transcedeu o Circuito, caindo nas graças dos produtores em geral.

Para participar, eles se inscreveram via site do Grito e logo após serem contemplados, cadastram seu evento no sitema do TNB.
Veja aqui o mapa: http://bit.ly/mapagrito2011

Rotas e turnês Festival promove grande circulação
Os eventos encadeados que compõem o festival abrem a oportunidade para criação de turnês de pequeno, médio e grande porte. Ao fazer a inscrição, os artistas poderão tentar diversas rotas cruzando o Brasil, bem como traçar suas próprias.

A previsão é que aconteçam aproximadamente 30 turnês durante o Grito Rock. Só no estado de Minas Gerais o projeto acontece em 25 cidades e existem 13 possibilidades de rotas, passando por Belo Horizonte, Poços de Caldas e Juiz de Fora, por exemplo. Em uma das 13 escolhas, com nove dias na estrada a banda pode se apresentar em seis cidades. O Rio de Janeiro oferta quatro maneiras de rodar as edições que podem passar ou não por Niterói e Resende. Já as tradicionais aventuras de percorrer o litoral na “Coluna Nordeste” (Recife (PE), Salvador (BA) e Maceió (AL), por exemplo) e os vários destinos atravessando o centro do Brasil passando por Goiás devem continuar. Goiânia e Anápolis representam Goiás, mas Brasília também será ponto de circulação.

Tanto bandas de destaque, como Móveis Coloniais de Acaju, Porcas Borboletas, Macaco Bong e Nevilton, circularam a plataforma no ano passado, como bandas iniciantes, por exemplo os pernambucanos Johnny Hooker e Candeias Rock Rock participaram de oito Gritos diferentes, nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Equipe Colaborativa
Na área de comunicação, são pelo menos 600 agentes trabalhando em cada uma das edições, divididos em rádio, tv, redação, assessoria, fotografia e design, que vão realizar desde intervenções no evento – como exposições de fotografia -, passando pela transmissão via tv e rádio e claro, a cobertura da ação. Os índices duplicam nas cidades que vão aderir a Cobertura Colaborativa, podendo receber até 20 comunicadores ou mais.

A produção para a rede é maior também: uma equipe de 30 pessoas está monitorando online a produção do núcleo de comunicação de cada ponto inscrito. Isso resulta em centenas de vídeos, spots e artes de divulgação.

Campanhas Grito Rock Ferramentas auxiliam produção e incentivam integração
Buscando a integração cada vez maior entre os seus diversos produtores, a gestão do Grito Rock propõe algumas ferramentas para facilitar a comunicação através de uma equipe de orientação e acompanhamento das produções conectadas. As campanhas foram desenvolvidas com base na experiência acumulada nas ações laboratoriais do Circuito Fora Do Eixo.

Grito.DOC – se uma imagem diz mais que mil palavras, imagine um documentário colaborativo que capture um pedaço de cada edição do Grito Rock? O Clube de Cinema realiza a experiência pela segunda vez, convocando mais participantes para essa ação.

Grito Encena – buscando integrar as cadeias produtivas da música e das artes cênicas, o Palco Fora do Eixo promove campanha de interação estética entre as duas linguagens.

Grito Ambiental – ação inédita promove o mapeamento da ações ecológicas praticadas por cada evento, bem como iniciativas de comunicação e um plantio de árvores em diversas regiões do Brasil para neutralizar as emissões de carbono do Grito.

Divulgue seu Grito | Identidade Visual – com o objetivo de padronizar a aplicação da marca do evento e também de sugerir aplicações aos produtores, o kit é oferecido pelo Design FdE.

Compacto.TEC Grito Rock – para facilitar a organização e a divisão de tarefas da produção, e coletar importantes dados para relatorização de cada evento, o Fora do Eixo Card desenvolveu a tecnologia do uso de planilhas.

Divulgue seu Grito | Divulgação Nacional – serviço prestado pela Assessoria FdE que propaga as informações do festival integrado para a imprensa brasileira..

Hospedagem Solidária – alternativa para potencializar o orçamento dos eventos, a campanha de Hospedagem Solidária também propicia a troca de experiências entre artistas, produtores e público.

Sonorize seu grito – o Tecnoarte FdE elabora cartilhas, tutorias e outros manuais para colaborar com o aperfeiçoamento técnico de palco, som e luz nos GR de cada cidade.

Transmita seu grito + bootleg – gravar o áudio de uma noite de shows pode ser um desafio, mas com a ajuda da Webrádio FdE os produtores aprendem não só a registrar como também a transmitir ao vivo os seus eventos.

* Todas as campanhas possuem o selo da Universidade FdE, frente de formação e aprimoramento das tecnologias sociais e de produção cultural do Circuito Fora do Eixo.

Cronograma Grito Rock 2011 Os próximos passos são importantes

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Desde 5 de janeiro, o Toque no Brasil recebe o cadastro dos eventos

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A partir 12 de janeiro, será a vez das bandas pleitearem vagas em cada uma das cidades realizadoras do Grito Rock, também por meio da ferramenta Toque no Brasil, com possibilidade de marcar shows em sequência e planejar suas turnês.

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Entre 9 de janeiro e 15 de fevereiro as Campanhas do Grito Rock serão lançadas em sequência

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Período oficial de realização do Grito Rock América Latina 2011: 19 de fevereiro a 28 de março

Grito Rock: Histórico
Fomento e profissionalização da cena independente da música foram as forças motrizes que fizeram nascer em Cuiabá (MT) a primeira edição do Grito Rock, em 2003, quando o Espaço Cubo escolheu o período de Carnaval para a realização de um festival de baixo orçamento e com possibilidade de auto-gestão. Em 2004, deu-se intercâmbio em nível regional. Nos anos seguintes, o delineamento programático evidenciou-se ainda mais com a intensificação do intercâmbio e interiorização das ações.

Em 2007 e 2008, o evento é adotado como um dos projetos do Circuito Fora do Eixo. Na ocasião mais cidades entram na gestão. No primeiro ano, foram mais de 20 cidades integradas a rede do projeto; em 2008 o número saltou para 50. Em 2009, o Grito Rock atinge a marca de mais de 60 cidades e, em 2010, 80 pontos fizeram parte dessa rede.

Sobre o Circuito Fora do Eixo
Rede de trabalho, colaborativa e descentralizada, constituída por 72 pontos presentes em 26 estados que há cinco anos experimentam, compartilham e aprimoram tecnologias livres de se produzir cultura.

Serviço
O quê: Grito Rock de 2011
Quando: 19 de fevereiro a 28 de março 2011
Onde: 132 cidades do Brasil, Uruguai, Bolívia, Chile, Panamá, Costa Rica, Honduras e El Salvador

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