Clipping, Coberturas

FESTIVAL DOSOL 2009 REPERCUSSÃO: COLETIVO MUNDO, SEGUNDO DIA

http://coletivomundo.com.br/74/cobertura-dosol-segundo-dia/

Por Diego Second

Opa, vocês lembram que comentei que o segundo dia do DoSol 2009 seria para vestir uma camisa preta e bater cabeça? Pois é, pessoal. Não estava apenas usando uma mera frase clichezinha para terminar o texto anterior. Possas crer que a GRÉA também foi massa.

Enquanto o festival continuava a manter a sua pontualidade, nós, do Coletivo Mundo, curtimos tanto a noite anterior que acordamos tarde e mais uma vez chegamos à Ribeira com o rock já rolando.

Logo ao descer da van pudemos perceber que a concentração de camisas pretas por metro quadrado era enorme. De cara, já dava para ver um bom público afim de curtir as bandas mais pesadas do dia e, em especial, a lenda do punk The Exploted (UK).

Ao entrar no festival, fui de encontro ao nosso fotógrafo oficial, Rafael Passos, que nos deu um parâmetro do que já tinha rolado. Foi sincero ao dizer que os shows dos Dr. Carnage (RN), seguido de I.T.E.P (RN) e depois do Fliperama (RN) foram bem legais, fazendo todos uma boa apresentação. Porém, ele nos destacou o show do pessoal doNervochaos (SP). Segundo Rafael Passos, eles usam uma distorção tão violenta que uma das caixas de luz caiu no chão enquanto o pessoal batia cabeça insanamente. Sensacional, hein?

A primeira banda que pude conferir foi o Deadly Fate (RN). Bons bebedores do metal clássico, o show tinha tudo oque um bom metaleiro gosta. E como todo mundo sabe, um bom headbanger curte muitos solos de guitarra e foi esse ogrande truque para o show funcionar para quem assistia.

Mais uma vez a estória de dois palcos e rotatividade das bandas caminhava bem. Mal acabou o show do Deadly Fate e oDistro (RN) já estava mandado ver dentro do bar do DoSol. Ao olhar para o palco, notei que eles estavam com outro baterista. Como assim? Cadê Arthur? Mudaram de baterista da noite paro dia? O fato é que o Arthur estava de serviço e não conseguiu mudar o horário. A banda não teve demora, ligou para o Dado – da banda Kentucky (RN)- e perguntou se ele sabia tocar as músicas da Distro. O cara fez o show sem ensaio nenhum. Para quem acha que essa loucura terminou em desastre, agora jogo toda a minha sinceridade: foi o melhor show da banda que eu vi. Eles estavam muito instigados, o Rafaum estava endiabrado e o baterista tocava com uma segurança incrível. Fecharam o show com a grande canção “Mimico” e como diz a letra: ”Vai aumentar o seu sorriso.”- e de fato aumentou o sorriso de muita gente.

Chegou a hora de mais uma banda gringa subir ao palco do DoSol, era o pessoal do Pulverhund (NO). O som dos caras, pra mim, é muito bacana. Eles fazem aquele som com boas melodias, guitarras bem amarradas e um baixo simples, porém, bem presente. Lembra coisas do Brit Pop, mais contendo mais peso. Foi uma atração que despertou a curiosidade de muitos e que aposto ter deixando alguns cantarolando os seus refrões. Sim, eles têm mais esse trunfo de melodias pegajosas. Enfim, fizeram um show bem agradável.

Depois veio o pessoal do Comando Etílico (RN), um som regado ao metal dos anos 80 cantado em português. Não vou mentir que escutar metal em nossa língua nativa é algo estranho. Mas, o que importa é que eles conseguiram botar um bom número de pessoas em frente do palco e muitos estavam a curtir o que rolava. Acabei não demorando, pois estava querendo ver a próxima atração.

Eu já tinha ouvido falar da força que tem os shows do Confronto (RJ), mas, só estando ao vivo para saber. Podem acreditar. Quem acompanhou a transmissão do Coletivo Mundo pelo Twitter pode ter notado que vez por outra soltávamos um “Brutal”, “Detonando” ou coisa parecida. E era bem isso mesmo. A banda foi muito competente, mandando música atrás de música e o povo não parava de polgar, rodar, bater cabeça. Teve até um lado A e um lado B- e foi o grande momento do show. O som do metalcore da banda não deixou ninguém parado e até quem vos fala estava batendo cabeça. Foi o segundo melhor show do Festival DoSol 2009, sem dúvida.

Sem deixar a peteca cair, o Calistoga (RN) mostrou o porque desse ano ter sido tão legal para eles. A banda que, nos últimos meses, tocou em vários festivais, botou todo mundo que estava no DoSol pra pular e cuspir cerveja. Sim, por lá o pessoal costuma fazer isso durante os shows. Enfim, Dante & Cia estavam mais do que à vontade tocando em casa e fizeram uma apresentação beirando a perfeição. É bacana ver como a banda evoluiu com essa nova formação e como a cada show estão melhores. Um puta show instigado, foi massa.

Voltando ao Armazém Hall, já podia ver o Canibal arrumando o seu baixo. Aliás, a altura que ele usa o baixo é totalmente subversiva às teorias de uso correto do instrumento. O baixo bate quase no joelho dele, é massa. Mas, o melhor de tudo é ver como o show do Devotos (PE) funciona. E no DoSol não foi diferente. Eles tocaram os clássicos “Eu tenho pressa”, “Roda Punk” e fecharam com “Punk rock hardcore Alto José do Pinho”. É, pessoal, Devotos é punk rock, é hardcore, é Alto José do Pinho e o show foi do caralho.

Depois fui garantir uma gelada e me bato com o Rafaum do Distro que me revela que foi ajeitar o som para o pessoal doMugo (GO) e que o guitarrista queria usar os dois amps, valvulados, de uma vez só. Tá, beleza. Eu mesmo tenho esse costume. Porém, o som do pessoal é tão pesado e a guitarra estava tão alta que praticamente não teve P.A para ela. Juro que as paredes do DoSol tremiam. Com um vocal gutural bem marcante, a banda manda um som porrada e botou muito neguinho pra bater cabeça.

E para finalizar a edição do Festival DoSol 2009, os ingleses do The Exploted. Muita gente estava por lá só para sacar o som dessa lenda do punk, inclusive algumas vans de João Pessoa. Com um moicano vermelho e cuspida para tudo que é lado, a banda colocou todo mundo na roda de polgar e fez um show para ninguém botar. A loucura do show estava tão grande que, na hora que eu estava filmando a banda, um cara deu um mosh na minha cabeça. É, já não bastava quebrar o óculos. Mas, não achei tão ruim. O DoSol foi tão rock, tão bacana, tão organizado que qualquer perda naquela hora seria fichinha comparada à grandiosidade e ao sucesso que o evento obteve.

Que venha agora o DoSol 2010. É GRÉA!

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