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EDITORIAL PORTAL DOSOL: ABRIL PRO ROCK E OS POTIGUARES

Por Anderson Foca

Como não achar que esta edição do Abril Pro Rock é uma das mais importantes para história do rock potiguar? Pela primeira vez duas bandas potiguares estarão se apresentando juntas, numa mesma edição do maior e mais tradicional festival de música independente do Brasil. Nosso histórico curto dentro do festival sempre foi um calo para o cenário local, sempre tivemos grandes shows, festivais renomados, representatividade em ações roqueiras/culturais mas nunca efetivamos isso com participação em massa das nossas bandas.

De três anos para cá ficou inevitável não termos representantes em quase todos os festivais de música independente importantes no Brasil. No Abril Pro Rock emplacamos por três anos consecutivos novos grupos na programação. Foi assim em 2006 com o Bugs dividindo noitada com o Placebo, em 2007 quando tivemos Os Bonnies fazendo um dos shows mais elogiados daquela edição e agora em 2008 com o The Sinks e o Barbiekill nos representando no evento.

Um dos curadores do Abril Pro Rock 2008, o jornalista Bruno Nogueira foi bem claro em uma lista de discussão via web. Ele afirmou, “As gravações das bandas de rock potiguares são muito melhores que a dos outros estados do Nordeste”. Sem dúvida está pesando o fato de termos finalmente encontrado um formato de trabalho por aqui onde todos dividem a tecnologia, a informação e o know-how para fazer crescer o rock local. Não adianta ter 2 ou 3 boas gravações, todos tem que gravar bem e fazer um bom show.

Goiânia, cidade referência para o cenário da música independente, entendeu isso há um tempo e é muito difícil ouvir uma banda de lá que não tenha uma proposta sonora segura, uma boa gravação e um show organizado, mesmo que a banda ainda seja minúscula ou nova. Acho que o melhor show de banda nova que vi no Goiânia Noise Festvial 2007 foi exatamente o da primeira banda que tocou no festival, um grupo com som pesadíssimo e certeiro chamado Mugo. Depois ouvi a banda no myspace e aí foi inevitável pensar que em Goiânia o povo sabe fazer rock. Acho que estamos alcançando este estágio por aqui!

Cenas fortes como Salvador e Fortaleza que sempre levam muitos representantes pra festivais não vão estar representados este ano no APR que passa por uma reformulação total tanto estética como artística. Nos últimos 6 anos pelo menos não se via tanta unanimidade a respeito da escalação e isso é ponto para a produção que soube se renovar e ponto também para os novos contratados do evento que estão fazendo um ótimo trabalho de reaproximação do festival com o público

Nos encontramos em Recife nos dias 10, 11 e 12 abril!

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