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Desfalque da Lei Câmara Cascudo não pára Festival DoSol (SITE NO MINUTO)

 Por Vinicius Menna

O Festival DoSol conta com o apoio das Leis de Incentivo à Cultura Câmara Cascudo (estadual) e Djalma Maranhão (municipal). Ou, pelo menos, contava. Mesmo com projeto aprovado, o evento não conseguiu chegar a tempo de ganhar sua fatia do bolo cultural. O patrocínio já era garantido, mas faltou o dinheiro da Lei.

“Na Câmara Cascudo, já tínhamos o patrocínio certo e quando fomos abrir a conta, tivemos a grande noticia de que o dinheiro havia acabado”, diz Ana Morena. Esse foi o problema de vários projetos de Lei. O teto de 4 milhões de reais ficou disponível para poucos.

No caso da Lei Djalma Maranhão, a organização ainda está tentando viabilizar recursos, mas o Banco do Brasil, que havia sinalizado, no ano passado, a renovação do patrocínio para esse ano ao Festival DoSol, passa por problema interno.

“Isso foi o que impediu o patrocínio não só para o evento, como para a maioria dos projetos culturais que o Banco patrocinava”, explica a organizadora.

Segundo ela, a iniciativa privada se acostumou a apoiar eventos culturais apenas através de leis de incentivo. Por isso, não existe patrocínio direto, apenas através de permutas, que são poucas.
“Mas, para um evento totalmente voltado para a música independente e de vanguarda, como é o Festival DoSol, sem nenhum tipo de medalhão do Pop Nacional, é muito difícil conseguir patrocínio direto”, diz Ana Morena.

Mas o festival possui importantes parceiros, que trabalham com a organização não só no evento, mas durante o ano, nas ações do selo DoSol.

“É o caso da Digizap, que apóia projetos do DoSol durante todo o ano, e da FM Tropical, que entrou com tudo no festival, tocando músicas das bandas participantes e fazendo uma divulgação muito, mas muito bacana mesmo”, revela a organizadora.

Porém, Ana não gosta de ficar reclamando da situação. Para ela, o lema de ser independente é: “independentemente de qualquer coisa, acontece!”.

“Mesmo sem um tostão, a gente acredita que esse vai ser o melhor ano do evento. Um festival de música tem que ter organização, excelentes shows e platéia ávida por esses shows. Essas duas primeiras coisas, eu garanto! A última, estamos trabalhando muito para que aconteça”, conta Ana Morena.

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