Notícias

COLUNA DO LEVINO: DOWNLOADS, INDÚSTRIA FONOGRÁFICA E MAIS

– É realmente preocupante ouvir um Senador da República, Arthur Virgílio (PSDB-AM), um dos líderes da oposição, dizer que se uma matéria de interesse do governo não for aprovada “dane-se”. Eis a explicação simplória, crua, nua, sem arroubo nenhum de ciência política para o governo Lula, sua aprovação astronômica, a incapacidade para o diálogo que se firmou entre a imprensa política e a sociedade, a anulação completa da boa oratória e a “ritualística” dos cargos públicos, o solene desconhecimento do povo em relação a oposição. Não há oposição que propõe o oposto, há o fel esverdeado da bílis, a falta de planejamento, a irmandade siamesa com a oposição raivosa que o próprio PT exerceu um dia. Em resumo: a oposição está muito, mas muito em maus lençóis. Em outro resumo: a política brasileira idem.

– Apesar de controverso (e caricato, é verdade), o jornalista Reinaldo Azevedo é inteligente. Mas foi por ter perdido a mão nas críticas ao governo e a quem quer que discuta ou discorde do seu ponto de vista, de forma tão grosseira e mal educada, que abriu o flanco para um tiro de doze cano duplo do Nassif. Não há resposta no mundo do Tio Rei que o faça se recuperar dessa. Essa foi, como dizem lá no meu Caicó Arcaico, “na titela”.

– Um dos jornalistas que mais me dão prazer de ler suas resenhas e críticas é Luiz Fernando Vianna. Discordo de um tanto de opiniões dele em relação a muitos discos principalmente, mas gosto do modo como escreve, claro, objetivo, sem os floreios e as estacas no cu de boa parte da grande imprensa cultural dos jornalões. Enfim, isso é uma introdução para dizer que sem nunca ter visto o sujeito passei a admirá-lo ainda mais depoi da cativante (e em certa medida revoltante) história dele com seu filho Gabriel. Se tiver com tempo, vale à pena fazer o que fiz: retornei ao primeiro post e acompanhei tudo, desde o início.

“A experiência de conviver com um membro fantasma nunca é prazerosa. Na realidade, mais de 70% dos pacientes que vivem essa ilusão sofrem de algum tipo de dor na primeira semana depois da amputação. Quase 65% das pessoas ainda experimentam dores seis meses depois da remoção cirúrgica do membro. Pior: quase 60% relatam sentir algum tipo de dor até dois anos depois da perda do membro. Uma fração ínfima dos pacientes que sofrem dores em membros fantasma consegue encontrar alívio com quaisquer das mais de 50 terapias já propostas na literatura médica.” Do blog do Miguel Nicolelis, o cientista brasileiro que (aposto) não demora e vai ganhar um Nobel de Medicina.

– Aos amigos que irão à Europa nos próximos dias, favor trazer cartazes de Andy Warhol às pampas para este que vos escreve. Custam a merreca de dez euros, cada um.

– Ano passado o filme 30 Days Of Night despertou a minha antiga paixão por filmes que zumbis. Voltei à carga com tudo, por isso curti essa lista com os 26 melhores zumbis de todos os tempos. Qual a sua lista?

– Por falar em cinema, vocês já viram o trailer de The Incredible Hulk? Bah. 2008 vai ser um puta ano para as HQs no cinema. Rememorando: Iron Man, Batman – The Dark Knight, Hulk, Watchmen (2009, mesmo?).

– Filhos. Ou filhas. E que usem roupas cool como a de Beatrix Kiddo for babies. Eu quero =)

– A Blender listou as vinte maiores cagadas da indústria fonográfica mundial. Além do processo desastroso contra o Napster (aliás, sábado tem matéria minha na Tribuna do Norte, lá de Natal/RN, falando em parte sobre isso), os oitenta milhões de dólares pagos por cinco discos do REM foram de doer mesmo.

– A programação da Virada Cultural em São Paulo contemplou uma puta fatia do cenário independente da música brasileira. Bom, né?

– Discos, discos, discos: Third, do Portishead; Sunday at Devil, de Isobel Campbell & Mark Lenegan, Moutains Battles, do Breeders e Baile Bass, do Turbo Trio. É clicar e começar a baixar.

– Tão péssimo quanto conversar no cinema, comentar o filme full time e atender celular, é levar esfirra do Habib’s para comer lá dentro, saca? Pronto, falei.

Previous ArticleNext Article

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *