Clipping

CLIPPING: LUIZ GADELHA NO DIÁRIO DE NATAL

Suculento e de graça
Direto da “incubadora”, novo álbum de Luiz Gadelha já pode ser degustado, sem custos, pela internet
Sérgio Vilar
sergiovilar.rn@dabr.com.br

 

Tá com fome agora? Quer algo bem suculento? A solução está na tela fria da internet. Isso mesmo: nesta rede mundial de infinitas possibilidades, mas nenhuma propriamente degustativa, se convenha. Mas acredite: o alimento ainda está quentinho, saído do forno. E bastam umas clicadas e você encontra. A receita foi criada pelo compositor e cantor Luiz Gadelha, fritada por Anderson Foca e está pronta para servir de alimento sonoro/sentimental a quem quiser. De graça. E suculento. Tem ainda quem goste da beleza do prato. Então, nada melhor que a tinta e o pincel da artista de rua Sinhá.


Músico produziu 10 canções que ganharam corpo através de improviso, liberdade criativa e incentivo do selo Dosol. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Esses são os ingredientes do novo CD de Luiz Gadelha, Suculento. São dez pedaços açucarados de sons distintos, mas unidos em essência. E o melhor: o molho de cada canção foi feito na hora, no improviso. Gadelha disse ter levado ao estúdio as dez canções ainda em estado cru – voz e violão. Até pensou em gravar todas elas assim mesmo, sem nem tempero. Quando o chef Anderson Foca escutou, sugeriu acréscimos. “Eu e Foca escutávamos a música, decidíamos o que precisava e ia colocando. Quando precisava de bateria, ligava para alguém vir tocar, ali na hora mesmo. Foi assim”.

Todo cozinheiro tem um pouco de intuição no preparo. E nessa pegada se deu a elaboração de cada faixa. “Meu trabalho estava pronto: a composição. Depois eu quis uma luz para saber o que fazer dali pra frente. A ideia era de que ficasse o mais simples possível”. E os temperos foram sendo experimentados, basicamente por sugestão do próprio Luiz Gadelha e de Anderson Foca. Guitarras, efeitos, distorções, bateria eletrônica e a combinação de gostos rendeu um álbum agridoce: faixas mais alegres, outras mais melancólicas. E todas com as marcas notórias do compositor. 

Luiz Gadelha é enfático se alguém insinua alguma semelhança entre Suculento e o primeiro álbum de sua banda Talma&Gadelha, Matando o Amor. “É totalmente diferente. Todos os músicos foram diferentes. A exceção foi Emilly, na bateria de algumas faixas. E não vejo nenhum elemento correlato entre os dois álbuns. Inclusive tivemos muito cuidado neste sentido. Não queria parecer uma sequência da banda”. Se há similaridades é na pegada pop, sobretudo nas letras, embora o disco solo soe mais experimental. Mas, explicações dadas, os pratos limpos foram postos à mesa.

Aliás, Luiz Gadelha lembrou ainda que Simona Talma – a outra líder da banda Talma&Gadelha – gravará seu álbum solo na sequência. E nenhum dos dois trabalhos solos irão prejudicar a agenda da banda. O show de lançamento do disco de Luiz Gadelha será dia 14 de abril, no Centro Cultural Dosol (Ribeira). E após mais dois ou três shows de divulgação e a gravação do disco de Simona, a banda se reúne para iniciar as composições do segundo álbum, em julho. “Minha pretensão de carreira solo é zero”, enfatiza Gadelha.

Esvaziar ideias

A gravação do álbum solo funcionou mesmo para esvaziar ideias, vontades próprias e longe da proposta da banda. “Classificar Suculento? Bom, o nome já diz muita coisa. Associo esse ‘suculento’ não ao conteúdo, mas ao processo de construir as músicas intuitivamente. Foi uma experiência nova e boa. No fim, escutávamos e dizíamos: ‘E agora?’. Aí ligávamos para alguém vir colocar bateria, efeitos. E desse jeito ficou delicioso, suculento”, brinca o autor, que disse sonhar essas composições na interpretação da baiana Andréa Martins. “Ficaria satisfeito só de ela ouvir. É uma grande compositora e cantora”.

Outro sonho – este realizado e exposto na capa do disco – foi receber uma obra de arte da artista Sinhá. “Mostrei algumas músicas para ela, ainda sem mixagem; disse o que seria o disco, e que o que viesse dela, a partir daí, eu iria gostar. É uma honra pra mim ter uma obra de Sinhá exclusiva pro meu disco. E foi tudo feito em comunicação por email, já que ela mora em São Paulo. Ficou uma capa realmente suculenta”, se orgulha o músico com seu primeiro álbum lançado, já que o Flor de Mim, lançado na década de 1990, ele disse ser outro já que o nome artístico era diferente – uma relíquia quase Cult de um tal Wellington Luiz.

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1 Comment

  1. Ja estou curtindo de momtao este cd em meu aipod, muito bom de oi faz bem pro nosso ouvidos coisas boas frases bem colocadas com certeza, sera bem aceito por pessoas de bom gosto .musical muitos sucesso,luis muita saude beijos.

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